Mathieu van der Poel tem sido presença constante na frente do pelotão durante esta
Volta a França 2025, cumprindo um papel táctico fundamental para a
Alpecin-Deceuninck e a etapa deste sábado não fugiu à regra. A formação belga apostou tudo numa chegada ao sprint com Kaden Groves e foi o campeão mundial que assumiu as rédeas na aproximação final, lançando o seu sprinter na subida decisiva em Laval.
O ciclista holandês já deixou a sua marca nesta edição ao vencer a 2ª etapa e vestir a camisola amarela em dois momentos distintos da corrida. Ainda animou a jornada ao integrar a fuga na sexta etapa, logo após perder a liderança da geral. No entanto, na subida icónica para o Mur-de-Bretagne, a dureza do terreno expôs os seus limites e Van der Poel não conseguiu acompanhar os principais nomes da classificação geral, cedendo definitivamente a amarela.
Nesta oitava etapa, van der Poel abdicou da luta pelos pontos para a camisola verde, concentrando-se exclusivamente em ajudar Groves a disputar a vitória. “Especialmente a parte da subida em direção à rotunda, onde virámos, foi decisiva”, explicou Van der Poel numa curta entrevista após a meta. “Sabíamos que haviam equipas que vinham de trás na descida. Por isso, tentei cronometrar as coisas da melhor forma possível. No final, tive de abrandar um pouco, porque acho que o Kaden perdeu a roda. Mas acho que estivemos bem. O Kaden também. Terminar em terceiro é um bom resultado.”
Groves, que chega ao Tour após um Giro exigente, parece estar a ganhar ritmo progressivamente. No entanto, foi incapaz de contrariar o poderio de Jonathan Milan, que voltou a demonstrar que está num patamar superior nas chegadas em ligeira subida. “Sabemos que ele é o mais rápido aqui, a par do Merlier. Com o Jasper [Philipsen] talvez hoje tivéssemos mais hipóteses, mas o Kaden está a melhorar todos os dias. Talvez consigamos uma vitória com ele mais adiante”, disse Van der Poel.