Tobias Halland Johannessen dá a entender que tem intenção de lutar pela geral do Tour depois do 5º lugar no Dauphiné: "Não vou perder tempo de propósito"

Ciclismo
segunda-feira, 16 junho 2025 a 2:00
johannessen
Tobias Halland Johannessen foi uma das mais agradáveis surpresas do Critérium du Dauphiné 2025. O vencedor do Tour de l’Avenir em 2021, que nos últimos anos se destacou sobretudo como caçador de etapas, parece finalmente afirmar-se como líder de classificações gerais no pelotão WorldTour, ao serviço da ambiciosa Uno-X Mobility.
“Queríamos mesmo ficar em quinto lugar na classificação geral”, confidenciou Johannessen durante a reunião matinal no autocarro da equipa. O objetivo do norueguês ficou claro assim que a formação de vermelho e amarelo assumiu a dianteira do pelotão para controlar uma fuga com implicações diretas na geral.
No grupo da frente seguia Enric Mas, então 10.º da geral, e a Uno-X não podia permitir veleidades. “O Enric (Mas) estava na fuga e iam muito depressa”, explicou o norueguês. O trabalho de controlo foi duro, mas eficaz, e Johannessen fez questão de enaltecer o esforço coletivo: “Fizeram um trabalho de loucos, todos os elementos da equipa estiveram incríveis hoje.”
O desempenho em bloco foi não só decisivo para manter Johannessen nos lugares cimeiros, como também serviu de excelente preparação para o grande objetivo que se avizinha, a Volta a França. “Acho que todos fizemos uma grande sessão de treino antes da grande corrida daqui a três semanas.”
Com o 5.º lugar final, a Uno-X assina o seu melhor resultado de sempre numa classificação geral de uma prova por etapas WorldTour, um feito que não passou despercebido ao trepador de 25 anos. “É algo de que nos podemos orgulhar. A corrida correu muito melhor do que esperávamos. Apesar de não termos vindo com ambições de geral, senti-me cada vez melhor a cada dia, por isso, terminar assim foi ótimo.”
Perdendo apenas para os três principais favoritos, Pogacar, Vingegaard e Evenepoel, além de Florian Lipowitz, Johannessen sai de França com estatuto reforçado. E, com o Tour no horizonte, cresce a expetativa sobre o papel que poderá assumir em julho. Questionado se pensa em lutar pela geral também na Grand Boucle, o norueguês prefere manter o jogo em aberto: “Não vou perder tempo de propósito”, responde, com um sorriso enigmático.
Uma coisa é certa: Tobias Johannessen já não é apenas uma promessa. É, cada vez mais, uma certeza no pelotão das Grandes Voltas.
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