Tom Pidcock não espera que Pogacar, Evenepoel ou van der Poel cheguem a solo no Campeonato do Mundo: "Poderá ser um grupo maior no final do que a maioria das pessoas pensa"

Já campeão do mundo em duas disciplinas diferentes, Tom Pidcock vai tentar conquistar a Camisola Arco-Íris na estrada, este domingo à tarde, em Zurique. Dado que a sua forma é algo desconhecida à entrada para a corrida, Pidcock tem também a vantagem de voar um pouco abaixo do radar.

"Depois do traumatismo craniano (sofrido na Volta à Grã-Bretanha), fiquei frustrado", admite o britânico na entrevista que deu à Eurosport antes da corrida, referindo-se ao facto de chegar a Zurique um pouco mal preparado. "É o que é, mas não é bom. É um campeonato do mundo, por isso sabemos que vai ser difícil. Mas, seja como for, vou dar o meu melhor".

Com um traçado acidentado e cheio de buracos, o percurso de Zurique é, sem dúvida, muito adequado para um Pidcock no auge. No entanto, uma vez que não está ao mais alto nível, a estrela da INEOS Grenadiers não está a ser apontada por muitos para desafiar nomes como Tadej Pogacar, Remco Evenepoel e Mathieu van der Poel, entre outros. "Se tivéssemos percentagens como essas na Bélgica ou em França, seria muito difícil. Aqui também pode ser muito rápido", antevê Pidcock, que não está disposto a descartar completamente as suas próprias hipóteses. "Poderá ser um grupo maior no final do que a maioria das pessoas pensa. Vai ser muito duro, mas o nível dos participantes é muito elevado."

No entanto, como já foi referido, o facto de não serem muitos os que falam de Pidcock pode ser uma grande vantagem para o britânico e para os seus compatriotas, como Stephen Williams e os irmãos Yates. "Há grandes favoritos e nós permanecemos debaixo do radar até agora. Espero que possamos usar isso a nosso favor", conclui com um sorriso. "Quero concentrar-me em estar presente na estrada e competir mais vezes nas finais e pelas vitórias. Posso não estar a 100%, mas isso não me deve impedir de tentar."