Última hora: Protestos obrigam a encurtar contrarrelógio da Volta a Espanha em Valladolid

Ciclismo
quarta-feira, 10 setembro 2025 a 20:34
VueltaAEspana
A Volta a Espanha 2025 voltou a ser forçada a ajustar-se à onda de protestos pró-palestinianos. A presença da equipa Israel - Premier Tech continua a provocar manifestações em várias etapas e, perante o risco de incidentes em Valladolid, a organização decidiu encurtar drasticamente o contrarrelógio individual.
Inicialmente previsto para 27,2 quilómetros, o percurso foi reduzido para apenas 12,2 quilómetros. Uma alteração de 15 quilómetros que muda por completo o impacto da etapa na classificação geral. Segundo os dados disponíveis, esta poderá ser a edição de uma grande volta com menos quilómetros de contrarrelógio na história recente do ciclismo.
Em comunicado, a organização justificou a decisão: "Com o objetivo de dar maior proteção ao desenvolvimento da etapa, a organização da Vuelta, em coordenação com a Câmara Municipal de Valladolid e após consulta do Colégio de Comissários, decidiu que a etapa de contrarrelógio de amanhã será disputada num percurso de 12,2 quilómetros, mantendo a partida e a chegada inicialmente previstas".

Consequências na luta pela camisola vermelha

Com apenas 12,2 quilómetros contra o cronómetro, as possibilidades de João Almeida recuperar os 50 segundos que o separam de Jonas Vingegaard tornam-se quase nulas. A expectativa é que as diferenças entre os favoritos sejam mínimas, deixando praticamente tudo em aberto para a 20ª etapa, na Bola del Mundo, caso esta também não seja alvo de alterações devido aos protestos.
João Almeida será um dos principais afetados por esta redução
João Almeida será um dos principais afetados por esta redução
A redução não afeta apenas a luta pela geral. Os contrarrelogistas puros, como Filippo Ganna, Stefan Kung ou Daan Hoole, também veem as suas hipóteses condicionadas. Num esforço mais longo, o desgaste poderia fazer a diferença, mas num percurso tão curto abre-se espaço para surpresas e para que ciclistas menos especializados possam disputar uma das últimas vitórias de etapa em jogo.

Incerteza até Madrid

Mais do que as consequências desportivas, o que paira sobre a corrida é a sensação de incerteza. A sucessão de protestos levanta dúvidas sobre a possibilidade de a Vuelta chegar ao final previsto em Madrid. Ainda assim, Javier Guillén, diretor da prova, tem insistido publicamente na intenção de levar a corrida até à capital espanhola.
Para já, o que era visto como uma etapa decisiva transformou-se numa versão abreviada, símbolo das dificuldades crescentes que a organização enfrenta para manter a integridade da corrida.
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