"Um dos dias mais difíceis da minha carreira": Giulio Ciccone após o 6º lugar no Campeonato do Mundo em Kigali

Ciclismo
segunda-feira, 29 setembro 2025 a 00:00
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O Campeonato do Mundo de Ciclismo de Estrada de 2025, disputado em condições extremas, deixou uma marca indelével nos protagonistas, e um dos nomes que mais ressoou foi o de Giulio Ciccone.
O ciclista italiano fechou a competição numa excelente sexta posição, mas o seu rosto no final da corrida era claro: a exaustão física e mental de um dia brutal. "Foi um dos dias mais difíceis da minha carreira, um sofrimento atroz", disse Ciccone.
Embora a altitude desempenhe sempre um papel determinante neste tipo de corrida, Ciccone salientou que o clima, nesta ocasião, foi o fator mais debilitante. "Não creio que tenha sido tanto a altitude, mas sim a meteorologia, que nos desgastou quilómetro a quilómetro", explicou.
O calor extremo e as condições adversas afectaram todos os corredores, que foram obrigados a gerir não só a fadiga física, mas também as difíceis condições climatéricas.
Giulio Ciccone terminou em 6º lugar no Campeonato do Mundo de Kigali 2025
Giulio Ciccone terminou em 6º lugar no Campeonato do Mundo de Kigali 2025
O momento chave do dia foi a subida ao Monte Kigali. Nesse troço, Ciccone mostrou uma grande capacidade de gestão, dando bons sinais e ultrapassando o obstáculo sem grandes problemas.
No entanto, como em qualquer grande corrida, bastou um instante para que tudo mudasse. "Quando o Remco [Evenepoel] atacou nas duas etapas anteriores, talvez eu tenha cometido um erro ao segui-lo. Quando cheguei ao pavê, estava completamente vazio, completamente ácido e tive de largar a roda dele. Quando cheguei ao pavê, estava completamente vazio, em ácido total, e tive de largar a roda dele".

Uma corrida de equipa: esforço coletivo e estratégia de grupo

O esforço individual de Ciccone foi igualado pelo trabalho de equipa da equipa italiana, que se manteve firme na frente durante todo o dia. "Fizemos tudo o que podíamos, ficar entre os cinco primeiros teria sido um feito ainda maior, mas temos de ser realistas. Estou satisfeito com o meu desempenho e com o da equipa, que rodou de forma muito inteligente num dia em que o trabalho de equipa foi crucial", sublinhou.
Por seu lado, o diretor técnico da equipa italiana, Marco Villa, que fazia a sua estreia num Campeonato do Mundo de estrada ao leme da equipa, também expressou a sua satisfação com o resultado. "Estamos satisfeitos com o desempenho, estivemos sempre na luta com os melhores numa corrida extremamente dura", disse Villa. Neste sentido, salientou que alguns dos favoritos, como o australiano Jay Vine e o britânico Tom Pidcock, não conseguiram resistir até ao fim.
Villa também elogiou o esforço de Ciccone, que resistiu até ao último momento, algo que não foi fácil dadas as circunstâncias. "O Giulio foi muito corajoso ao manter-se na luta até ao fim. Neste tipo de competição, uma pequena diferença pode fazer a diferença, e hoje, Remco [Evenepoel] pagou as consequências dessa diferença", referiu o treinador italiano, referindo-se ao momento em que Evenepoel deixou abrir a vantagem de Pogacar.
Um dos grandes protagonistas do dia foi, sem dúvida, o esloveno Tadej Pogacar, que mais uma vez mostrou porque é considerado o melhor ciclista do mundo. Villa analisou com lucidez o ritmo do campeão esloveno: "Pogacar tem um ritmo diferente, é outro nível. A diferença é evidente e, por vezes, é melhor não tentar segui-lo, como fizeram Ayuso e Del Toro".
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