Urska Zigart, namorada de Pogacar, põe fim à polémica: "Não era minha intenção criar nenhum drama, vou apoiar todos os eslovenos que vão competir em Paris".

Olhando para a convocatória, o nome de Urska Zigart não consta lista de atletas que representarão a Eslovénia nos próximos Jogos Olímpicos de Paris, o que gerou grande controvérsia no país. A atleta de 27 anos, que recentemente terminou em 12º lugar na classificação geral final da Volta a Itália Feminina, recebeu a notícia por mensagem de texto (sms) do seu treinador Gorazd Penko, pouco antes do início da Volta à Suíça.

De acordo com Zigart, o treinador explicou-lhe a decisão já estava tomada desde o ano passado, mas ela questionou os critérios utilizados. A ciclista eslovena afirma que o treinador deu preferência a Urska Pintar e Eugenia Bujak, que foram seleccionadas, alegando que a decisão se baseou mais nos resultados individuais nas corridas de um dia do que no seu papel de ciclista gregária durante as competições.

A ciclista menciona especificamente a sua participação em corridas como a Liège-Bastogne-Liège, onde terminou em 32º lugar, argumentando que o seu papel era apoiar outras ciclistas, o que poderia ter influenciado a decisão final de a não incluir na equipa olímpica. Inicialmente, Zigart expressou a sua frustração nas redes sociais, mas mais tarde qualificou as suas declarações, dizendo que não estava a tentar gerar controvérsia.

Reconheceu que as decisões de seleção criam sempre tensões, especialmente no contexto dos Jogos Olímpicos. Num gesto de apoio ás suas compatriotas, disse que iria torcer por todos os eslovenos que participam em Paris, apesar de estar profundamente desiludida com a sua ausência da competição.

"Soube da decisão do treinador pouco antes do início da Volta à Suiça. Recebi uma mensagem de texto em que ele explicava que eu não tinha sido selecionada e que já tinha tomado essa decisão o ano passado. Disse-me que preferia levar a Urska Pintar e a Eugenia Bujak e referiu-me que a sua decisão foi baseada nos resultados das corridas de um dia e não tanto no meu papel durante as competições", explicou Zigart numa entrevista ao sítio esloveno 24Ur.

Depois de expressar inicialmente a sua decepção nas redes sociais, Urska Zigart também reflectiu sobre a situação numa declaração posterior: "Não era minha intenção criar nenhum drama. Em qualquer desporto surgem problemas, especialmente em torno dos processos de seleção e isso é especialmente verdade nos Jogos Olímpicos. Vou apoiar todos os eslovenos que vão competir em Paris e vou prosseguir a minha carreira de cabeça erguida".