Antes da partida em Turim,
Giulio Ciccone (Lidl-Trek) insistia que a classificação geral da
Volta a Espanha 2025 não fazia parte dos seus planos. Uma semana depois, a realidade conta outra história: o trepador italiano é já 3º na geral entre os favoritos à vitória final, apenas a oito segundos de Jonas Vingegaard (Team Visma | Lease a Bike), e mostrou em Pal que não veio apenas para colecionar etapas.
Na primeira chegada em alto, Ciccone rompeu o silêncio com um ataque decidido, levando o campeão dinamarquês na sua roda. Embora a iniciativa não tenha resultado em diferenças significativas, foi uma demonstração clara de intenções.
“Não era o plano, mas senti-me bem na penúltima subida”, contou à Eurosport. “Coloquei os meus colegas a endurecer o ritmo na frente do pelotão e depois decidimos tentar, para ver como as coisas corriam.”
Reconhecimento andorrano e primeiras conclusões
Ciccone conhece bem o terreno: preparou a Vuelta em estágio em Andorra e sabia o que o esperava no Alto de Pal. “Conheço bem a subida porque estive lá em campo de treinos pouco antes da corrida. Mas a verdade é que foi demasiado rápida. Na roda poupam-se muitos watts, por isso foi difícil criar diferenças. Ainda assim, foi um bom teste.”
O italiano mostrou respeito pelos rivais mais diretos: “Tinha a certeza de que o Jonas estaria forte, e o Almeida também confirmou que está em excelente forma. Foi mais fácil segui-los na roda do que impor o ritmo na frente, mas fiquei impressionado com a aceleração do Jonas. Vai ser muito difícil, mas estou contente com a minha condição e com o nível da equipa. Vamos continuar assim.”
Candidato assumido
A chegada em grupo reduzido ao topo não surpreendeu Ciccone, mas a mensagem foi clara: o italiano está sólido, ambicioso e com margem para evoluir. Se antes o pódio parecia um objetivo ambicioso, agora o ciclista da
Lidl-Trek coloca-se inevitavelmente entre os nomes a ter em conta para a Camisola Vermelha em Madrid.