Van Hooydonck aponta Ganna como o homem a bater na Paris-Roubaix

Ciclismo
terça-feira, 08 abril 2025 a 12:39
pogacar ganna
Nathan van Hooydonck, antigo gregário de luxo de Wout van Aert e ainda hoje envolvido na estrutura da Team Visma | Lease a Bike, não tem dúvidas: na sua antevisão da Paris-Roubaix 2025, o peso das pernas e a força bruta vão prevalecer — e é Filippo Ganna quem mais se destaca nesse perfil.
Em declarações ao Het Laatste Nieuws, Van Hooydonck abordou o duelo iminente entre os gigantes das clássicas, mas deixou claro que, para ele, Tadej Pogacar parte com uma desvantagem natural, apesar da vitória demolidora na Volta à Flandres.
“Não o excluo totalmente, mas será muito mais difícil para ele isolar-se como fez na Flandres,” explicou. “Aqui não há colinas onde possa transformar o peso leve em vantagem. É tudo plano e irregular. A Paris-Roubaix é outra história.”
O antigo ciclista belga referiu um dos aspetos mais técnicos e decisivos do “Inferno do Norte”: a combinação entre peso, potência e controlo da bicicleta sobre os paralelos. “Os ciclistas mais leves, como o Pogacar, tendem a saltar sobre os paralelos. Já os mais pesados aplicam mais pressão na bicicleta, o que os torna mais estáveis e eficientes a rolar sobre o pavé. Para um ciclista com 65 quilos, cada sector é uma luta constante pela tração e equilíbrio.”
Com isso em mente, Van Hooydonck vê nomes como Wout van Aert e Mads Pedersen como naturais beneficiados por esse tipo de terreno, mas não esquece o génio técnico de Mathieu van der Poel, cuja habilidade no manuseamento da bicicleta “é praticamente inigualável”.
Ainda assim, é em Ganna que aposta as fichas para domingo: “Filippo Ganna é o meu favorito. Nos parelelos, é como um camião: quando embala, não o paras. Na montanha conta a relação watts por quilo. Mas no plano, é pura potência. E Ganna tem isso em abundância.”
“O peso aqui não é penalizador. Aliás, dez quilos de músculo podem ser uma vantagem clara. Os atletas maiores e mais musculados conseguem produzir mais força absoluta, e é disso que a Roubaix precisa.”
Com o pelotão carregado de potência e talento e a estreia de Pogacar a incendiar ainda mais a expetativa, a edição deste ano promete mais uma batalha lendária na clássica mais dura do calendário.
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