Vermeersch diz que o seu companheiro de equipa ficou condicionado pela queda: "O Mathieu disse-me que lhe doía o ombro"

Ciclismo
segunda-feira, 07 abril 2025 a 16:40
mathieuvanderpoelcrashflanders

Mathieu van der Poel chegou à Volta à Flandres como um dos grandes favoritos, mas a corrida acabou por não correr como desejado para o campeão do mundo. Alegadamente debilitado por doença nos dias que antecederam a prova, o holandês ainda sofreu uma queda a mais de 120 quilómetros da meta. Embora tenha recuperado rapidamente e mostrado estar bem, não conseguiu igualar um imparável Tadej Pogacar nas subidas decisivas.

"Isso teve o seu preço. Receio que tenha lhe tenha custado alguns pontos percentuais", revelou Gianni Vermeersch, colega de equipa de van der Poel na Alpecin-Deceuninck, em declarações ao In de Leiderstrui. "A nossa intenção era colocar o Mathieu bem posicionado no Oude Kwaremont, o que conseguimos fazer. Mas as corridas são assim."

O incidente ocorreu a 126 quilómetros da meta, numa zona de alta velocidade, e envolveu vários ciclistas de destaque, como Tim Wellens e John Degenkolb. Van der Poel levantou-se rapidamente e perseguiu até reintegrar o grupo principal, mas não saiu ileso da queda. "O Mathieu disse-me que lhe doía o ombro. É compreensível que isso tenha tido algum impacto no desfecho", afirmou Vermeersch. "É difícil quando se tem de fazer um esforço tão grande naquela altura da corrida. Não estou a dizer que ele teria ganho se não tivesse caído, mas deve ter tido influência."

Num cenário de corrida extremamente agressivo, com ataques sucessivos de Pogacar ao longo das subidas flamengas, van der Poel acabou por ficar para trás na última passagem pelo Oude Kwaremont e perdeu a oportunidade de lutar pela vitória. Ainda assim, terminou num lugar honroso, provando que mesmo condicionado é um dos mais fortes do pelotão.

Agora, com a Paris-Roubaix no horizonte, as expectativas voltam a subir para van der Poel. Sem subidas acentuadas e com sectores empedrados longos e planos, o terreno deverá favorecer mais o estilo do neerlandês. Vermeersch voltará a ser uma das suas peças-chave, assim como de Jasper Philipsen, num alinhamento da Alpecin que promete ser dos mais fortes para o "Inferno do Norte".

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