O sábado que se previa festivo na Flandres acabou marcado por uma profunda tristeza. A "We Ride Flanders", a versão amadora da Volta à Flandres, juntou mais de 15.000 ciclistas de todo o mundo, mas duas tragédias mancharam o ambiente de celebração: dois participantes faleceram durante o evento.
Segundo confirmou a organização, um ciclista holandês colapsou na subida do Taaienberg, em Maarkedal — uma das colinas emblemáticas do percurso. Apesar da resposta rápida dos serviços médicos no local, não foi possível reverter a situação. A causa da morte terá sido uma paragem cardíaca súbita.
Pouco tempo depois, um segundo incidente grave foi reportado no Oude Kwaremont, em Kluisbergen, onde um ciclista francês também entrou em paragem cardiorrespiratória. As tentativas de reanimação foram igualmente infrutíferas.
“Um participante desmaiou no Taaienberg. Apesar da assistência imediata, acabou por falecer de insuficiência cardíaca”, declarou Gert Van Goolen, porta-voz da organização.
Ambos os acidentes ocorreram em locais icónicos do percurso profissional, frequentemente palco de grandes ataques e momentos históricos da Volta à Flandres.
Além destes dois casos fatais, houve ainda outros incidentes médicos e quedas a registar. Uma mulher desmaiou no Eikenberg por volta do meio-dia e foi encaminhada consciente para o hospital. Mais tarde, na Kortrijkstraat, em Wortegem-Petegem, um ciclista sofreu uma queda e foi hospitalizado com suspeita de fratura da clavícula. No Koppenberg, outro participante caiu e terá fraturado o tornozelo.
A organização e os serviços de emergência estiveram mobilizados ao longo de todo o percurso para garantir apoio rápido e eficaz, mas os acontecimentos de hoje sublinham os riscos inerentes à prática do ciclismo, mesmo em eventos não competitivos.
A "We Ride Flanders" é um dos mais populares Granfondos do mundo, permitindo aos amadores viver de perto a experiência da Volta à Flandres, com passagens por colinas como o Paterberg, o Oude Kwaremont ou o Koppenberg. Em 2025, a edição ficou tristemente marcada pela perda de duas vidas — um duro lembrete de que, apesar da paixão que move o pelotão, a segurança e a saúde continuam a ser prioritárias.
Triste notícia para o mundo do ciclismo: Stéphane Krafft, ex-ciclista profissional francês, faleceu tragicamente durante a corrida amadora da Volta à Flandres. Tinha 45 anos.
A informação foi avançada pela RMC Sport e confirmada pela equipa Cofidis, da qual Krafft fez parte no final dos anos 90, onde foi colega de nomes como Nico Mattan e o falecido Frank Vandenbroucke. A equipa prestou homenagem a Krafft nas redes sociais, embora não tenha divulgado detalhes sobre as circunstâncias da sua morte.
Krafft teve uma curta carreira profissional, que terminou em 2001, com apenas 21 anos. No entanto, foi um talento promissor no escalão sub-23, onde se destacou particularmente ao terminar em segundo lugar na Paris–Roubaix Sub-23 de 1999, numa corrida onde Tom Boonen ficou em sexto lugar.
A sua morte deixa uma marca de luto num fim de semana já carregado de emoções na Flandres. Que descanse em paz.