A carreira de
Geraint Thomas está prestes a chegar ao fim. Este sábado, na penúltima etapa da
Volta à Grã-Bretanha 2025, o galês enfrentou a sua última grande montanha como profissional. Num dia mais simbólico do que competitivo, o ciclista da INEOS cruzou a meta em 61º lugar, a sete minutos da frente, acompanhado por Ben Swift e Sam Watson.
Apesar do resultado discreto, Thomas viveu emoções fortes: "Foi muito bom. Foi bastante emotivo, na verdade. Primeiro, tentei manter os rapazes na frente, e é um pau de dois bicos, porque não temos grandes pernas e estamos a trabalhar antes da subida, e depois chegamos à subida e pensamos 'oh meu Deus'. Mas o público foi fantástico, e eu voltei para tentar ajudar os rapazes outra vez e depois gostei muito da última vez que lá estive. Foi um dia especial", contou ao CiclismoAtual.
Na subida final, sentiu de perto o apoio dos fãs, familiares e amigos: "O quanto me estava a doer. Estava apenas a tentar ficar lá o máximo de tempo possível. Quando parei, tentei recuperar. Depois tive o Ben Swift por perto, o Sam Watson também regressou, e foi bom pedalarmos juntos e absorvermos a atmosfera. Vi muitas caras conhecidas lá em cima, o que foi muito bom.
Na subida, foi uma loucura. Parecia que todas as pessoas estavam a torcer por mim. O que foi uma loucura. Vi muitos amigos e familiares, e foi uma forma muito agradável de terminar o meu penúltimo dia. Mais um dia... Vai ser um bom dia."
Grégoire resiste à pressão de Evenepoel
No lado competitivo, a etapa ficou marcada pela vitória de Remco Evenepoel, que reduziu a desvantagem para Romain Grégoire na luta pela classificação geral. O jovem francês da Groupama-FDJ terminou em 5º lugar e manteve a camisola verde de líder, ainda que com apenas 2 segundos de vantagem sobre o belga. "A equipa fez um trabalho fantástico durante todo o dia. Estávamos sozinhos para trabalhar e eles fizeram um trabalho fantástico. Na última subida lutei até ao fim, não foi fácil seguir o grupo, mas consegui e ainda estou com a camisola de líder, por isso estou muito feliz", declarou Grégoire.
Sobre a dureza da subida, que os ciclistas enfrentaram por duas vezes, o líder não escondeu as dificuldades: "Foi muito difícil. O fundo era muito íngreme. Depois, no último quilómetro foi mais fácil, o que me salvou. Foi uma subida muito boa e uma corrida muito boa."
Com a classificação geral em aberto, o francês mantém-se confiante para a decisão em Cardiff, onde o percurso será mais acessível, mas o mau tempo pode baralhar as contas: "Estou numa boa posição. É melhor estar à frente do que atrás. Amanhã vai ser uma grande luta. Vou tentar mantê-la. Vou apenas aproveitar a noite com a camisola e veremos amanhã a próxima etapa."
Despedida em Cardiff
O derradeiro dia será especial. Para Thomas, significará o último dorsal da carreira, numa chegada prevista sob chuva em Cardiff, no coração do País de Gales. Para Grégoire e Evenepoel, será o tudo ou nada na luta pela vitória da Volta à Grã-Bretanha 2025.