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Aviludo - Louletano - Loulé Concelho chega confiante à
Volta a Portugal. Em declarações à Agência Lusa, Américo Silva (Diretor Desportivo) classificou a equipa como a revelação da temporada e admitiu que a ambição é chegar ao top 10, "eventualmente aos cinco primeiros". Mas em quem é que a formação algarvia aposta para alcançar este objetivo?
Jesus del Pino é o homem escolhido para liderar o Louletano. O ciclista experiente de 33 anos terminou no top 10 da Grandíssima, em 2023 depois de grandes exibições na Serra da Estrela e na Serra do Larouco. Este ano, o seu resultado de maior destaque é o 4º lugar no GP Douro Internacional. Mas del Pino não tem sido o ciclista em maior destaque dentro da equipa e isso parece ser reconhecido pelo próprio diretor:
"Com os resultados do Jesus del Pino nos dois últimos anos, é um ciclista que, à partida, é máximo candidato a ser líder, e será líder para a geral. Mas nunca iremos descartar"
Um dos nomes a não descartar é o de David Domínguez. O espanhol de 23 anos conquistou o GP Douro Internacional, a primeira prova por etapas ganha pela Aviludo - Louletano, desde 2021. O top 10 no GP Abimota reforça o estatuto de potencial líder de Domínguez dentro da equipa.
Tomas Contte está no Louletano desde 2021 e já ganhou por vezes, sendo mesmo o único ciclista da equipa a levantar os braços em 2023. Curiosamente, ainda não se destacou na Volta a Portugal, mas tem uma boa ponta final que o torna favorito em dias mais explosivos e no sprint em grupos reduzidos. Tem uma das três vitórias da equipa este ano, na Prova de Abertura. Já o seu compatriota,
Nicolás Tivani, reforçou a equipa este ano e deve também ser uma aposta para as chegadas ao sprint. Este ano, venceu uma etapa no GP Abimota.
O chileno Carlos Oyarzún tem 42 anos e ainda fará 43, este ano. É o ciclista mais velho do pelotão mas ainda tem mais do que energia no tanque e é uma boa aposta nos contrarrelógios. O Chile nunca teve um vencedor de etapa na Volta a Portugal, pelo que seria histórico se tal acontecesse.
Gaspar Gonçalves é uma boa aposta para a fuga em dias mais duros, sendo que também pode ajudar o respetivo líder nas montanhas. Ganhou a camisola da montanha no GP Douro Internacional e fez top 10 no Grande Prémio "O Jogo" mas ainda não mostrou dar garantias na alta montanha para liderar a equipa. Daniel Viegas completa o alinhamento e é também um nome a ter em conta para os contrarrelógios.
"A Volta a Portugal, nos primeiros quatro dias, irá decidir-se em 60 ou 70%. São etapas de montanha, tirando a chegada a Lisboa. [...] A estrada vai ditar para quem iremos trabalhar", refere Américo Silva que também não gosta do início mais duro da Grandíssima. "Do nosso ponto de vista, não é benéfico. Um dos fatores, além da montanha, é o calor. Mais ainda quando nós só há cerca de um mês e tal é que tivemos algumas etapas com algum calor".