Depois de um arranque atribulado na
Volta a Itália e de um início de temporada longe do ideal,
Wout van Aert começa finalmente a reencontrar o nível que o tornou numa das referências do pelotão internacional. A vitória na icónica etapa de sterrato em Siena, seguida da entrega total no trabalho para
Olav Kooij na etapa 12, reacendeu a confiança do belga da
Team Visma | Lease a Bike. À entrada para a 13.ª etapa, o foco volta a estar em si mesmo.
"Normalmente, este tipo de final assenta-me bem", afirmou Van Aert ao canal Sporza antes da partida. "É um final exigente e gosto de sprints duros como este. Não é uma grande oportunidade, mas é uma possibilidade, mesmo sabendo que há ciclistas da geral que também são muito fortes neste tipo de chegada".
O Monte Berico apresenta uma subida curta e explosiva, menos típica das chegadas onde Van Aert costuma brilhar, mas não impossível para um ciclista da sua versatilidade. A incerteza, desta vez, prende-se menos com as pernas e mais com o contexto tático da corrida e com os rivais que o rodeiam.
"Há vento suficiente para que haja alguma movimentação", acrescentou o belga, "mas a direção não é ideal, por isso não deve ser um fator decisivo".
Van Aert, conhecido pela sua abordagem meticulosa, fez questão de analisar a edição de 2015, onde Philippe Gilbert triunfou no mesmo local. "Foi impressionante, não é?", comentou com admiração. "Acho que ele sobrestimou a concorrência naquele dia. Podia facilmente ter esperado mais, mas acabou por vencer com autoridade".
O regresso de Van Aert à discussão de uma vitória individual - e logo numa chegada com história no Giro - não é apenas mais um episódio da sua campanha italiana, mas também um sinal claro de que o belga está cada vez mais próximo do seu melhor nível. E num final como este, se estiver bem colocado e com liberdade para correr, pode muito bem surpreender novamente.