À entrada da 13.ª etapa da
Volta a Itália, grande parte da atenção dos analistas recaiu sobre
Tom Pidcock, apontado como um dos favoritos para a explosiva chegada ao Monte Berico. No entanto, apesar da expectativa crescente, o britânico da
Q36.5 Pro Cycling Team preferiu baixar o tom e não alimentar a pressão.
"Não diria que este final me favorece a cem por cento", explicou à Sporza. "É um pouco curto demais para mim. Ciclistas mais potentes, com maior capacidade de explosão em subidas curtas, adaptam-se melhor a este tipo de chegada. Mas, claro, é uma oportunidade".
O Monte Berico não é uma novidade na história da Corsa Rosa - Philippe Gilbert triunfou aqui em 2015. Pidcock, contudo, evita paralelismos com o belga. “Que o Gilbert venceu aqui? Não vi essas imagens e, sinceramente, ele era um tipo de corredor diferente”, afirmou com pragmatismo.
O campeão olímpico de BTT e vencedor da Strade Bianche continua, apesar de tudo, entre os trepadores mais versáteis do pelotão, especialmente em etapas de perfil explosivo. Ainda assim, os efeitos acumulados da primeira metade da prova - marcada por um esforço constante e pela queda na etapa de sterrato para Siena - começam a fazer-se sentir.
"Estou, sem dúvida, a começar a sentir-me cansado. Os dias começam a confundir-se uns com os outros e temos andado a um ritmo muito elevado desde o início", confessou. "Felizmente, a etapa de ontem foi ligeiramente mais calma".
Com o desgaste a tornar-se cada vez mais visível no pelotão e o Giro a aproximar-se das grandes etapas alpinas, Pidcock poderá ter aqui uma das últimas oportunidades reais de lutar por uma vitória ao sprint em subida. A expectativa mantém-se - mas o britânico prefere correr com inteligência e discrição.