A
Team Visma | Lease a Bike não veio para esta
Volta a Itália com um bloco muito sólido para as montanhas para defender Simon Yates, o que hoje exigiu mais trabalho a
Wout Van Aert. O belga de 30 anos garantiu estar à altura e teve um papel importante ao lado do britânico na etapa desta terça-feira.
“O Simon está a fazer um bom trabalho, por isso foi uma boa etapa para nós, mas foi particularmente dura. Hoje queimei 7.300 calorias”, revelou Van Aert em declarações à Sporza após a 16.ª etapa.
O polivalente ciclista belga integrou a fuga do dia, numa das jornadas mais difíceis desta edição, agravada pelas más condições meteorológicas no arranque da tirada. A missão era clara: estar disponível para Yates caso o grupo dos favoritos se movimentasse. “A minha intenção era entrar na fuga, sobretudo se aparecessem lá equipas com aspirações à geral, como a EF Education-EasyPost ou a INEOS Grenadiers.”
Os primeiros quilometros da 16ª etapa da Volta a Itália foram bastante agitados
“Quando Darren Rafferty e o Joshua Tarling foram para a frente, abriu-se um espaço. Não hesitei e fui atrás deles. Embora a ideia não fosse manter um grupo de seis na frente durante uma hora completa, pois isso consome muita energia. Mas para mim, a única forma de ser útil ao Simon é começar com uma pequena vantagem.”
E foi exatamente esse papel que desempenhou nas rampas iniciais da subida final para San Valentino, quando ajudou o seu colega de equipa. “Não sei se foi por minha causa. Mas tínhamos combinado que se o ritmo não fosse suficientemente alto, eu tentaria endurecer a corrida nos primeiros quilómetros, que eram os menos íngremes”, explicou Van Aert.
“As cartas ficaram na mesa hoje”, concluiu o belga, numa leitura clara da luta pela classificação geral, agora mais apertada do que nunca, com três ciclistas separados por menos de meio minuto. Simon Yates mantém o segundo posto, apesar do tempo que Richard Carapaz ganhou, que hoje subiu ao terceiro lugar. “O Carapaz já vinha a andar bem e hoje ele provou-o”, sublinhou Van Aert.