Wout van Aert fez um balanço muito positivo da sua participação na
Volta a Itália, em entrevista à Cyclingnews. Sempre com o habitual espírito de equipa, descreveu a corrida como um sucesso absoluto a nível pessoal, apesar de Mads Pedersen ter conquistado quatro etapas contra a sua única vitória.
A importância que Van Aert dá ao seu papel de gregário na
Team Visma | Lease a Bike voltou a estar em evidência. O belga foi peça chave para as duas vitórias de Olav Kooij, servindo de lançador nos sprints, e ainda desempenhou um papel determinante na 20ª etapa, ajudando Simon Yates a assegurar uma surpreendente Camisola Rosa, que parecia inalcançável poucos dias antes. Com este contributo colectivo, Van Aert sai da corrida italiana mais do que satisfeito.
No seu estilo descontraído, fez ainda uma comparação curiosa sobre o que a Visma conseguiu nesta edição da Corsa Rosa. Segundo ele, o segredo do êxito da equipa é semelhante ao das clássicas batatas fritas belgas: "Mais importante do que as batatas, é o molho que escolhemos".
"É como um frasco de ketchup, quando está quase a acabar, continuamos a abanar e a abanar. Não acontece nada, mas de repente sai tudo de uma vez. Foi o que aconteceu no Giro que fizemos. Chegámos aqui com três líderes e os três triunfaram", disse num comentário bem humorado que espelha a química perfeita entre os elementos da equipa, decisiva para um desfecho triunfal em Itália.
Wout van Aert em Roma, na última etapa da Volta a Itália de 2025
Loucura com Simon Yates
A conquista da Volta à Itália por Simon Yates e a vitória de Olav Kooij na última etapa fizeram com que a equipa deixasse Roma com a sensação de missão cumprida e vontade renovada.
"Foram 24 horas loucas desde que o Simon decidiu virar tudo de pernas para o ar. Estávamos muito concentrados para terminar e ganhar com o Olav", confessou, descrevendo o ambiente vivido nos bastidores após o triunfo.
Houve também espaço para recordar momentos mais íntimos ao lado do novo vencedor da Corsa Rosa: "Foi a primeira vez que vi o Simon tão entusiasmado. Ele é um tipo descontraído, mas notava-se que significava muito para ele. O que ele fez no Colle delle Finestre foi especial."
Apesar de um início complicado, a equipa conseguiu inverter o rumo da corrida: "O início da Volta à Itália não foi um pesadelo para nós, mas na altura estávamos a passar um mau bocado. No final, foram três semanas brilhantes. É uma missão cumprida para nós."