Dylan van Baarle tem sido travado nos últimos tempos por uma série de lesões e contratempos, mas em 2025 regressa com ambição à primavera das clássicas, integrado no forte coletivo da Visma | Lease a Bike. Embora a formação neerlandesa não tenha, por agora, um líder único definido, conta com várias opções de qualidade para jogar em bloco - e Van Baarle será uma das peças-chave nesse xadrez tático.
A campanha, contudo, não arrancou da melhor forma para o vencedor da Paris-Roubaix 2022. Na E3 Saxo Classic, Van Baarle falhou o corte decisivo e não escondeu a frustração.
“Foi realmente dececionante. No momento mais importante, não estava no lugar certo. A partir daí, limitei-me a correr atrás do prejuízo, mesmo sentindo-me bem fisicamente. Faltou-me a afinação”, explicou no podcast In Koers.
“A verdade é que nunca estive bem colocado nos pontos-chave. E sabemos que se não estivermos à frente no Taaienberg, é praticamente impossível entrar na discussão da corrida. Não é nada de novo, mas devia ter estado lá. Foi um bom lembrete de que, nas restantes clássicas, não posso desligar nem por um segundo".
A resposta de Van Baarle surgiu dias depois, no Dwars door Vlaanderen. Sem se destacar individualmente, foi fundamental no jogo coletivo da equipa, ao facilitar o ataque— e mais tarde travando a perseguição no grupo de trás, protegendo os homens da frente.
Com a Volta à Flandres à porta, Van Baarle mostra-se realista, mas confiante no poder do bloco da Visma | Lease a Bike.
"Os grandes favoritos são claramente o Van der Poel e o Pogacar. O nível deles está num patamar inacreditável. Mas há outros nomes fortes como o Pedersen e o Ganna, que também podem estar na discussão pela vitória".
E sobre Wout van Aert, seu companheiro de equipa, Van Baarle é prudente:
“Este ano, não entramos como principais favoritos. A estratégia passa por correr como um coletivo. Com o Matteo (Jorgenson), o Tiesj (Benoot), o Wout e eu, temos quatro cartas a jogar. Se todos estivermos lá no final, acredito que podemos fazer algo. Não somos os homens a bater, mas não nos descartaria - muito menos ao Wout".