"É algo em que penso, sim" - Pode Mathieu van der Poel pôr fim à carreira de ciclocrosse daqui a pouco mais de 1 mês?

Ciclocrosse
segunda-feira, 22 dezembro 2025 a 13:00
mathieuvanderpoel
Poderemos ver Mathieu van der Poel disputar a sua última corrida de ciclocrosse nas próximas semanas. Não é o cenário mais provável, mas é possível e algo que o campeão do mundo está a ponderar. Se vencer os Mundiais de Hulst no início de fevereiro, somará oito títulos e igualará os recordes mundiais, em casa, nos Países Baixos.
“É algo em que penso, sim. Sempre disse que seria muito bonito parar no meu país com o recorde. De resto, não haveria muito mais para eu conquistar no ciclocrosse”, expressou van der Poel, em declarações francas ao Het Laatste Nieuws. Van der Poel corre há uma década na disciplina que o viu crescer e onde alcançou mais sucesso do que qualquer outro na era moderna. Daí surgir também a pergunta sobre quando parar. Não parece interessado em esticar o registo até ao número mais alto possível.
Com sete já conquistados, e sendo, sem margem para dúvidas, o melhor ciclocrossista do pelotão masculino atual, seria a definição de sair no auge. “Sempre quis parar num ponto alto. Se depois ficas em quinto em Hoogerheide (os Mundiais de 2028 nos Países Baixos), fica um travo amargo. Não estou a dizer que parto do princípio de que serei campeão do mundo em Hulst, mas aí teria a possibilidade de o fazer”.
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A vitória de MVDP na Taça do Mundo de Antuérpia
“Falámos disso internamente algumas vezes. É algo em que penso, sim. Não estou a ficar mais novo”, argumenta. “Neste momento ainda estou a um nível muito alto, mas quem garante que será assim dentro de dois, três anos? Não sei, não tenho uma bola de cristal. Caso contrário seria fácil, claro”. Acima de tudo, quer manter as opções em aberto.

Mais forte na estrada?

Uma parte importante desta reflexão é perceber que impacto teria no seu rendimento na estrada, onde também ganhou muito, mas onde mantém ambições. “Não penso que precise absolutamente do ciclocrosse para atingir o meu melhor nível. De todo. Talvez sem cross até pudesse ser melhor? Se não experimentares, não sabes”, questiona.
“Fá-lo-ia sobretudo a pensar na época de estrada, sim. Para poder descansar um pouco mais no inverno. Poder ficar em Espanha todo o inverno, por exemplo, e treinar lá. Continuo a adorar o ciclocrosse, mas envolve muita coisa e consome muita energia”. O seu nome ficará para sempre ligado à disciplina, mas o seu futuro nela é incerto. Se o ciclocrosse entrar no programa dos Jogos Olímpicos de Inverno de 2030, isso poderá alterar a sua forma de pensar.
Admite, porém, que muito provavelmente sentiria falta da modalidade caso tomasse essa decisão. “Do ciclocrosse em si, claro. Continua a ser o que mais adoro. E do público. Cresci com essa atmosfera. Vamos ver. Não é, certamente, uma decisão final”, concluiu.
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