Marie Schreiber, Luxemburguesa de 20 anos, é considerada uma das maiores promessas do
ciclismo feminino. Com uma série de resultados impressionantes na estrada, Schreiber está também a tornar-se uma estrela do ciclocrosse.
"Sei que ainda não estou ao nível de ganhar grandes corridas, mas acho que estou a chegar lá", explica em conversa com o GCN. "Estou a melhorar a cada corrida, a cada época. Por isso, o meu objetivo é melhorar a cada semana, terminar um lugar acima."
"Estabeleci pequenos objetivos para mim própria: no início da época disse que queria ganhar uma das Taças do Mundo de sub-23, porque no ano passado estive muitas vezes no pódio, mas não ganhei. E disse que queria subir ao pódio nos Europeus e que queria pelo menos um pódio no Superprestige ou na Taça do Mundo de Elite", continua Schreiber, que terminou recentemente em 6º lugar na prova da Taça do Mundo UCI em Troyes. "Ainda não consegui esse, mas os outros dois já consegui, por isso estabeleço pequenos objetivos e tento concentrar-me neles. E se conseguir, por exemplo, um terceiro lugar num Superprestige, para mim é como uma vitória."
"A maioria das pessoas não sabe que um dos motivos para a SD Worx me contratar foi porque queria ciclistas de crosse", explica Schreiber. "No ano passado, estava no último ano da escola, por isso fiz duas corridas de estrada e nunca fiz muitas corridas internacionais, por isso, não tive resultados. Tive apenas pequenos resultados como júnior, mas não tive grandes resultados em corridas de estrada. Por isso, não havia qualquer hipótese da melhor equipa do Mundo me querer pelo meu desempenho em estrada. Quando me contrataram, eu sabia que me queriam porque queriam ciclistas de cross, e eu era praticamente a única que não tinha contrato, por isso também foi um pouco de sorte".
Na estrada, Schreiber também tem alguns grandes objetivos que deseja alcançar: "Ainda não fiz nenhuma clássica, mas gosto muito delas e penso que também seria boa nelas. Os Europeus de estrada deste ano foram algo que me agradou muito, com as subidas pequenas e fortes, e penso que as Clássicas da Flandres são um pouco parecidas", conclui. "Por agora, é muito cedo para fazer tudo isto, mas daqui a alguns anos é aí que me vejo, provavelmente mais do que nas corridas por etapas."