Ivar Slik reflete sobre choque com camião que colocou a sua vida em risco: "Não me recordo de nada"

Seis meses depois de um acidente quase mortal nos Estados Unidos, Ivar Slik está ansioso por regressar às corridas de gravel. O ciclista holandês, que fez história ao ser o primeiro europeu a vencer o Unbound Gravel, tem como objetivo principal para 2025 o icónico evento.

"Não me recordo da queda nem dos 10 dias seguintes", compartilhou Sliks com o Cyclingnews, contando o terrível incidente numa estrada de terra numa zona remota do Arkansas. Durante um treino em 21 de maio de 2024, Slik chocou de frente com um camião, sofrendo uma concussão, fratura do crânio, nariz partido, lesão no joelho e duas hemorragias cerebrais. "Na minha cabeça, foi apenas uma ligeira concussão. Não percebi porque é que toda a gente estava tão preocupada."

A recuperação foi extenuante, envolvendo múltiplas cirurgias e meses de terapia. Slik revelou o impacto emocional do seu tempo fora da bicicleta: "Foi doloroso ver a época passar sem mim, mas sabia que voltaria. Aprendi muito sobre mim próprio e agora sei o quanto adoro o ciclismo".

Após meses de perseverança, Slik regressou ao treino completo. "Posso voltar a fazer semanas completas de treino sem restrições", explicou, delineando os seus planos de competir em corridas em dezembro para se preparar para a época de gravel de 2025. Olhando para o futuro, tem em vista corridas como a Gravel Locos, The Traka e The Rift, bem como aventuras como a Migration Gravel Race no Quénia e a Saga Gravel Race no Chile. No entanto, o seu foco principal continua a ser a Unbound Gravel. "É mais do que uma corrida, é uma aventura. Pelo menos quero igualar o meu resultado na época de 2022, e as perspectivas são boas. Este ano foi um grande revés, mas tenho trabalhado muito desde então e estou ansioso pelo próximo ano com grande confiança."

Ao refletir sobre o apoio que recebeu durante a sua recuperação, Slik expressou a sua profunda gratidão: "Estou incrivelmente grato aos meus amigos, família e equipas médicas. Sem eles, isto não teria sido possível. Agora parece que me foi dada uma segunda oportunidade e vou agarrá-la com ambas as mãos".