A Alpecin-Deceuninck tenta fazer história e vencer a Milan-Sanremo pela 3ª vez consecutiva: "Tudo depende do que acontecer no Poggio"

Ciclismo
sábado, 22 março 2025 a 11:50
mathieuvanderpoel

À medida que o pelotão se prepara para enfrentar a mais longa corrida de um dia do ano, a Alpecin-Deceuninck apresenta-se na Milan-Sanremo com uma dupla temível: o campeão de 2023, Mathieu van der Poel, e o vencedor da edição passada, Jasper Philipsen.

No entanto, a preparação de Philipsen esteve longe de ser ideal. Uma queda no início da semana deixou o belga com várias contusões e colocou em risco a sua participação. Apesar das dúvidas iniciais, Philipsen decidiu alinhar, explicando as razões num comunicado da equipa.

"Foi uma queda forte e inesperada, e precisei de algum tempo para perceber se estaria pronto para correr", revelou. "A minha mão foi suturada nessa mesma noite no hospital UZ, em Gand, e todas as escoriações foram tratadas com muito cuidado. Está longe de ser confortável, mas, felizmente, a dor não é insuportável. Na quinta-feira de manhã já conseguia andar razoavelmente bem, sem grande rigidez. Por isso, quero tentar".

Apesar da lesão, o belga mantém uma perspetiva realista, mas otimista, sobre as suas hipóteses e as da equipa. "A Milan-Sanremo nunca é uma corrida fácil de ganhar. No ano passado, tudo se encaixou na perfeição para mim, e estou bem ciente disso. Este ano, o cenário pode ser completamente diferente. Mas, com o Mathieu e agora o Kaden na equipa, temos várias opções. Estou confiante de que podemos alcançar um bom resultado como equipa, e isso é o mais importante no final".

Mathieu van der Poel, que conquistou uma vitória categórica em 2023, sabe que a Milan-Sanremo não se ganha apenas com força, mas sim com inteligência tática.

"É uma corrida imprevisível. Não é por acaso que toda a gente diz que é um dos Monumentos que se pode ganhar sem ser necessariamente o corredor mais forte. Tudo depende do que acontece no Poggio. O momento mais complicado é quando o grupo ainda está junto após a descida do Poggio. Nessa fase, sabemos que os ataques estão a chegar – e esse é, talvez, o ponto mais perigoso da corrida".

Entre os adversários a ter em conta, Van der Poel não esconde a sua atenção a Tadej Pogacar, esperando que o esloveno tente endurecer a corrida nas subidas.

"Acho que ele vai hesitar menos do que no ano passado. Vai tentar apertar ainda mais no Poggio para criar uma vantagem decisiva. Por vezes, é melhor nem sequer atacar, mas apenas seguir na roda quando alguém atacar. Não é obrigatório ser o primeiro a passar o Poggio para vencer".

Com uma equipa equilibrada e múltiplas opções estratégicas, a Alpecin-Deceuninck chega à Milan-Sanremo com legítimas aspirações de revalidar o título. A questão que fica é: será Van der Poel a repetir o triunfo, ou conseguirá Philipsen superar a dor e surpreender novamente?

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