Vice-campeão da
Liege-Bastogne-Liege em 2023,
Tom Pidcock lidera a
Q36.5 Pro Cycling Team este domingo. Depois de prestações consistentes nas Ardenas, com um 9.º lugar na Amstel Gold Race e um 3.º na La Flèche Wallonne, crescem as expectativas de que o britânico possa conquistar a sua primeira vitória num Monumento.
"Tivemos algum azar na Amstel, porque a maioria da equipa esteve envolvida naquela grande queda", recorda Michael Albasini, diretor desportivo da Q36.5, em declarações no comunicado de imprensa da equipa. "Na quarta-feira, na Flèche, já vimos o que um bom trabalho de equipa pode fazer. Se corrermos assim no domingo, o Tom estará na luta pela vitória. É preciso um pouco de sorte, mas temos qualidade suficiente para alcançar um grande resultado. Ele já conseguiu um décimo e um segundo lugar nesta corrida, por isso está mais do que preparado".
Os principais adversários de Pidcock serão, naturalmente, o campeão do mundo Tadej Pogacar e o campeão olímpico Remco Evenepoel. Embora ambos tenham dominado a Liège-Bastogne-Liège nos últimos anos, Albasini acredita que o seu líder tem legítimas hipóteses de contrariar esse domínio.
"Vimos na Amstel que o ataque de longo alcance de Pogacar, a que já estamos habituados, não funcionou. Na Flèche, assistimos a um desfecho mais tradicional", analisa Albasini, apontando para uma possível mudança de estratégia por parte do esloveno. "Estamos preparados para todos os cenários, seja um ataque de longe, uma aceleração em La Roche-aux-Faucons ou um sprint em Liège. Fizemos um bom reconhecimento na quinta-feira. O posicionamento antes das subidas será crucial na segunda metade da corrida, para evitarmos gastar energia desnecessária. Vai ser, como sempre, uma corrida muito interessante".
Para Albasini, ele próprio segundo classificado na Liège em 2016, o regresso a esta clássica mítica é sempre especial. "Quando era criança, via esta corrida em casa dos meus avós, no domingo de Páscoa", recorda o suíço de 44 anos. "Traz-me boas memórias. Desde que comecei a vê-la e, depois, a competi-la, tornou-se uma das minhas provas favoritas. É uma corrida épica. É quase uma viagem, como os outros grandes Monumentos. Há muita história aqui. A corrida desenvolve-se desde Liege até Bastogne e torna-se cada vez mais intensa no regresso a Liege".