Ben Healy voltou a ser protagonista nas Clássicas das Ardenas este ano, ao terminar no top-10 tanto na
Amstel Gold Race como na La Flèche Wallonne. Com a
Liege-Bastogne-Liege no horizonte, o irlandês da
EF Education-EasyPost volta a apontar à frente da corrida e espera deixar a sua marca no Monumento deste domingo.
"O facto de ser um Monumento coloca esta corrida ao nível das mais prestigiadas, mas para mim os adeptos na La Redoute e Roche-aux-Faucons elevam-na a outro patamar. Quando se está a sofrer nessas subidas e somos envolvidos por uma parede de som, é das sensações mais incríveis", descreve Healy em comunicado oficial da equipa.
O irlandês destaca ainda a dureza característica da prova. "Nos últimos anos, a corrida tem sido extremamente exigente. Trata-se de poupar tudo o que se pode e, com alguma sorte, ter boas pernas para seguir os melhores na La Redoute. Depois, chegando a esse grupo, é preciso voltar a gerir o esforço até à Roche-aux-Faucons, que é a última grande subida".
Healy sublinha também a importância do posicionamento: "As estradas nas Ardenas são estreitas e sinuosas, cheias de subidas e descidas. Quanto mais à frente estivermos no pelotão, melhor. Isso exige força nas pernas e é aí que os meus colegas vão desempenhar um papel fundamental no domingo. Depois, no final, é só sofrimento."
Após o quarto lugar alcançado na Liège no ano passado, Healy surge naturalmente como um dos candidatos a um lugar no pódio. Contudo, consciente da presença de nomes como Tadej Pogacar e Remco Evenepoel, o irlandês acredita que terá de ser proativo para ter hipóteses.
"Preciso de tentar criar uma diferença e chegar à frente", explica. "Foi essa a estratégia nos últimos dois anos e parece funcionar. Trata-se de fazer uma corrida inteligente e gastar energia de forma eficiente".
Healy conclui reforçando a importância do apoio da equipa. "Posso fazer o posicionamento final sozinho, mas se tivermos o Neilson Powless ou o Archie Ryan a endurecer a corrida antes, isso poderá ser decisivo".