"A UCI lamenta profundamente que a segurança dos ciclistas não seja um objetivo comum" - Restrições de equipamento levantadas para a Volta a Guangxi

Ciclismo
sexta-feira, 10 outubro 2025 a 8:52
Remco Evenepoel
A UCI tinha planeado realizar um teste durante a Volta a Guangxi, na próxima semana, para avaliar as restrições de equipamento com o objetivo de recolher dados que pudessem contribuir para a melhoria da segurança no ciclismo. No entanto, o projeto foi suspenso após a reação da SRAM e críticas de Jonathan Vaughters, diretor da EF Education-EasyPost, que considerou que a prioridade da UCI estaria mal colocada.
"Em consequência das medidas provisórias impostas pela BCA (autoridade belga da concorrência), a prova prevista para a Volta a Guangxi não se realizará e o Protocolo de Testes está atualmente suspenso", anunciou a UCI em comunicado esta quinta-feira.
O teste visava compreender o impacto da limitação da relação de transmissão, com o objetivo de reduzir as velocidades no pelotão e aumentar a segurança dos ciclistas – um tema amplamente debatido este ano. Contudo, a UCI lamentou que a decisão tenha sido influenciada por uma autoridade belga em resposta a uma queixa de uma empresa americana contra uma associação desportiva suíça, relativamente a um teste que iria ocorrer em território chinês.

Limites de transmissão: solução ou detalhe?

A eficácia das restrições à relação de transmissão tem sido questionada. Observadores do desporto argumentam que este é apenas um dos múltiplos fatores que influenciam a segurança, e que outras questões muitas vezes mais críticas permanecem fora do debate principal.
Jonathan Vaughters não poupou críticas à prioridade da UCI: "Talvez aspectos como garantir que veículos estacionados ou em movimento não estejam na pista, que curvas cegas com pedras no vértice não interfiram com o pelotão, ou que as motos não façam parte da corrida, devam ter precedência sobre restrições de equipamento, comprimento das meias e largura do guiador?", afirmou.
Com este cenário, a Volta a Guangxi continuará sem o teste da UCI, deixando a discussão sobre a segurança e regulamentação de equipamento em aberto, num momento em que o pelotão profissional debate cada vez mais medidas para proteger os ciclistas sem comprometer a competição.
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