Após a décima sétima etapa da
Volta a França, parece que tanto a Team Visma | Lease a Bike como a
Ineos Grenadiers suspenderam imediatamente o seu acordo de transmissão de comunicações via rádio com os organizadores da corrida, a ASO. O caso veio agora a publico e levanta questões pertinentes.
Quando faltavam apenas três dias para o fim da corrida de 2024, as equipas acima mencionadas já haviam tomado a decisão de cortar os acessos. "A partir de ontem, suspendemos até final do Tour", disse Jasper Saeijs, gerente de marketing da Visma | Lease a Bike, à
CyclingWeekly. "Tivemos muitas discussões sobre as estratégias que estão a ser comunicadas, o que está a afetar a corrida. Pensamos que precisamos de resolver isto da melhor maneira, para depois podemos olhar para o futuro."
Uma equipa de três pessoas recebe os áudios das 15 equipas participantes e decide o que deve ser transmitido na televisão, com um atraso de 15 a 30 minutos. Saeijs disse que não houve nenhum incidente específico na última semana que tenha forçado a equipa a mudar alguma decisão tomada, mas que "estava a acontecer o mesmo todos os dias e decidimos suspender as transmissões e olhar para o Tour para ver se é possível ou não continuar, e se sim, qual a forma que vamos encontrar para continuar a colaboração".
"Não temos problemas com a ASO, mas olhamos para as coisas de forma diferente. Uma coisa é certa, não podemos confiar nas transmissões para as próximas etapas e esperar que eles possam tomar uma boa decisão sobre o que é estratégia e se afecta ou não a corrida. Continuamos a ser a favor de tudo o que possa envolver os adeptos no desporto... somos realmente a favor do envolvimento dos adeptos... mas não pode afetar a corrida e a estratégia da corrida e, na nossa opinião, isso aconteceu em demasia."
"Não somos a única equipa, há mais equipas que não gostam muito da forma como as coisas se estão a passar". Várias fontes confirmaram à CyclingWeekly que a Ineos Grenadiers também revogou o acesso, embora não exista confirmação oficial. Além disso, várias equipas expressaram o seu descontentamento em relação aos 5.000 euros que recebem por cederem o acesso aos rádios da equipa, mas a Visma insiste que a remuneração financeira não teve peso na sua tomada de posição.