Tadej Pogacar tinha dito na véspera que não voltaria a atacar na
Volta a França, mas as circunstâncias da corrida na estrada na 20ª etapa fizeram com que o ciclista da
UAE Team Emirates não deixasse passar mais uma oportunidade... é certo que não atacou a corrida, mas venceria a etapa num sprint sem oposição perante Jonas Vingeggard.
A UAE Team Emirates não se importava em deixar a fuga lutar pela a etapa e até mandou Marc Soler para a frente, mas a Soudal - Quick-Step de Remco Evenepoel tomaram conta do grupo do camisola amarela para imprimir um ritmo avassalador, numa tentativa de desgastar e pressionar Jonas Vingegaard na luta pelo 2º lugar, deixando a fuga a uma curta margem no inicio da ultima subida do dia.
"Gostei muito desta etapa, apesar de não ter corrido como planeamos", reflectiu Pogacar após a etapa. "Fiquei muito surpreendido com o facto da corrida ter explodido no Col de Braus, uma das minhas passagens de treino preferidas nesta região. Mas a nossa equipa fez um excelente trabalho. Ficamos todos juntos e depois o Soler entrou na fuga. Foi bom para nós. Depois, tentámos andar o mais devagar possível para chegar ao final com um grande grupo. Mas eu penso que a Soudal - Quick-Step queria tentar ganhar algum tempo ao Jonas, ou mesmo ganhar a etapa. Isso acabou por me favorecer".
5 vitórias no Tour!!! Irá igualar o registo do Giro onde venceu 6 etapas?
"É a Volta perfeita. Se me tivessem dito isto antes, eu não teria acreditado. É do outro mundo. Estou muito feliz. Espero poder festejar esta vitória com os meus colegas de equipa hoje e amanhã", acrescentou Pogacar, que conquistou a sua quinta vitória em etapas de montanha nesta corrida.
O líder da UAE Team Emirates também teve uma palavra para o seu grande rival Vingegaard: "Ele teve alguns dias difíceis, mas hoje mostrou que não é fácil vencê-lo. É um verdadeiro lutador. Deu tudo hoje, andou muito bem e esteve muito forte" disse Pogacar. "Uma vitória teria sido suficiente, ou apenas a camisola amarela. Mas as coisas são como são, não se trava no ciclismo. Será que ainda quero ganhar amanhã? Veremos, se tiver boas pernas... Mas, acima de tudo, tenho de chegar bem a Nice. É um contrarrelógio bastante perigoso. Talvez possa desfrutar um pouco mais do público" finalizou.