"Acho que o Tadej também vai querer que eu ganhe": Colega de equipa de Pogacar não promete fidelidade para o Paris-Roubaix

Ciclismo
terça-feira, 16 dezembro 2025 a 12:00
florianvermeersch
É oficial: Tadej Pogacar regressa ao Paris-Roubaix no próximo ano. O esloveno fará a segunda tentativa da carreira no “Inferno do Norte”. Mathieu van der Poel, vencedor das últimas três edições, deverá também voltar para defender o trono. Assim, nada será fácil para a estrela da UAE Team Emirates - XRG, que até terá de vigiar os próprios colegas.
Florian Vermeersch é um dos melhores do pelotão atual no Paris–Roubaix. Em 2025 foi quinto, sem ser líder da UAE, com Pogacar a terminar em segundo no velódromo. E nos paralelos enlameados de 2021, foi segundo atrás de Sonny Colbrelli, batendo até Van der Poel no velódromo.
Logicamente, esperar-se-ia que o belga, atual campeão do mundo de gravel, fosse o aliado-chave de Pogacar na busca pelo primeiro triunfo em Roubaix. Mas isso pode não ser bem assim, já que Vermeersch indica que os seus planos passam por aproveitar a sua própria oportunidade, caso surja.
Fê-lo claro em declarações à Sporza. Embora o objetivo seja garantir uma vitória para a UAE Team Emirates – XRG, Vermeersch acredita que o mais lógico é ambos ajudarem-se o máximo possível e, no momento certo, não travarem quem estiver melhor colocado para fechar a corrida.
“Acho que o Tadej também vai querer que eu ganhe”, afirmou com firmeza Florian Vermeersch. “Eu também não lhe vou cortar o caminho. Antes de mais, não tenho o perfil nem o estatuto para isso. Não me preocupa que ele alinhe lá também. Temos uma boa relação e penso que ele também me permitiria ganhar Paris–Roubaix”.
Florian Vermeersch e Tadej Pogacar na Strade Bianche 2025
Florian Vermeersch garante ter uma boa relação com Tadej Pogacar
“Continuo a acreditar que haverá situações em que nos podemos complementar muito. O mais importante é que nos deixemos ganhar”, acrescentou, sobre as ambições de ambos naquele que é, provavelmente, o Monumento mais duro.

Olhar para a Grande Volta

Florian Vermeersch não ficou por aqui. Para lá de Paris–Roubaix, o belga da UAE traçou novos objetivos para a época de 2026:
“As Clássicas. Gostava muito de correr a Milan-Sanremo este ano. É uma das minhas prioridades. Depois, também quero fazer uma Grande Volta. Provavelmente será a Volta a Itália. Estou com muita vontade. A Volta a França é sempre uma das primeiras corridas que peço. Mas não me foquei nisso. Estou contente com o Giro, que nunca corri. O mais importante para mim é disputar uma Grande Volta”, concluiu.
A Grande Volta italiana deverá ficar sem o seu colega esloveno que, para já, tem apenas a Volta a França na agenda no que toca a Grandes Voltas em 2026. Isso não significa, porém, que a UAE não aponte à camisola rosa, com Joao Almeida a regressar para fechar a sua missão em Itália. Em 2023, o português terminou a pouco mais de um minuto do vencedor final Primoz Roglic. Já na estreia, em 2020, vestiu duas semanas a Maglia Rosa antes de terminar em quarto da geral.
Mas o histórico de Grandes Voltas de Almeida também inclui alguns abandonos, algo que a presença de um forte guarda-costas como Florian Vermeersch deverá, idealmente, ajudar a evitar.
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