Antigo ciclista britânico analisa ponto fraco de Tadej Pogacar, antes da Liege: "Se conseguir otimizar isso, fica ainda mais forte"

Ciclismo
sexta-feira, 25 abril 2025 a 19:00
pogacar
Tadej Pogacar parte este domingo à conquista da nona vitória da sua carreira em Monumentos, com a Liege-Bastogne-Liege como palco. O líder da UAE Team Emirates - XRG é, como habitual, o grande favorito à vitória. No entanto, depois da surpreendente derrota na Amstel Gold Race, surgem algumas vozes que identificam pontos que o esloveno ainda poderá afinar - em particular, a sua posição aerodinâmica na bicicleta.
“O Pogacar não parece tão baixo nem tão eficiente aerodinamicamente como seria de esperar, sobretudo em situações de vento contrário”, analisou Adam Blythe, antigo campeão nacional britânico, no mais recente episódio do Ultimate Cycling Show, da TNT Sports. "Se dissessem que íamos pedalar contra vento de frente a 50 km/h, tentaríamos manter a posição mais baixa e eficiente possível. E não é isso que se vê no Pogacar com a bicicleta de estrada".
Blythe elogia a postura do campeão do mundo no contrarrelógio, mas sublinha a discrepância. "Na bicicleta de contra-relógio, ele é dos mais aerodinâmicos do pelotão. Mas a diferença entre essa posição e a que adota em estrada é grande - e isso surpreende".
Steve Cummings, antigo director desportivo da INEOS Grenadiers e duplo vencedor de etapas na Volta a França, concorda com a análise do seu compatriota. “Este tipo é, provavelmente, o melhor ciclista desde Eddy Merckx”, começa por afirmar. “A aerodinâmica é uma área onde ainda pode melhorar - e isso é assustador. Vendo bem, ele tem uma grande área frontal. Se conseguir otimizar isso, fica ainda mais forte".
Pogacar foi apanhado e depois batido na Amstel Gold Race
Pogacar foi apanhado e depois batido na Amstel Gold Race
Ainda assim, quando se fala da Liège-Bastogne-Liège, ambos os especialistas admitem que será difícil bater o esloveno. “Acho que vai ser mais renhido do que muitos antecipam, mas continuo a pensar que Pogacar vai vencer”, diz Blythe. “Na Amstel, foi talvez demasiado cedo no ataque. Ninguém o seguiu, mas quando chegou ao topo, o grupo reagiu e foi apanhado. Pode ter sido um erro de julgamento".
Sobre o confronto com Remco Evenepoel, o britânico não tem dúvidas: "Na Fleche, vimos que o Tadej sabe perfeitamente como e quando atacar. E na Liège não há subidas como o Mur de Huy, mas a La Redoute pode fazer estragos. Mesmo que Remco o acompanhe, Pogacar pode batê-lo ao sprint".
Para Blythe, Pogacar continua a ser o ciclista mais temido do pelotão. “A forma como venceu a Fleche mostra que não precisa de um ataque de longe. Pode simplesmente esperar, seguir e depois lançar o ataque decisivo. Nem precisou de sair do selim. Foi um ‘ciao, até logo’. É esse tipo de força tranquila que mete respeito”, conclui.
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