Antigo colega de equipa de Primoz Roglic não acredita que o Esloveno fique na Jumbo-Visma: "Vejo Roglic potencialmente a mudar-se para a INEOS Grenadiers ou para o Lidl-Trek"

A Jumbo-Visma provou ser a força dominante no ciclismo de Grandes Voltas na recente Volta à Espanha, completando o pódio com Sepp Kuss, Jonas Vingegaard e Primoz Roglic. Um antigo colega de equipa, Amund Jansen, não espera que esse domínio perdure.

"Penso que as coisas estão a correr bem para eles agora. Quando me tornei profissional na Jumbo, a Quick-Step dominava as clássicas. Na altura, tudo estava a correr contra nós. Quando se está num fluxo de vitórias, tudo o resto encaixa", explica o Norueguês de 29 anos, que atualmente corre pela Team Jayco AlUla, em conversa com a IDL Pro Cycling. "Mas acho que vamos todos esquecer o quão bem a Jumbo-Visma se saiu em dois anos, porque depois outra equipa vai ganhar tudo. Um pouco como aconteceu com a Sky durante os tempos de Bradley Wiggins e Chris Froome. O domínio muda a cada dois ou três anos".

Leia também

"A Jumbo-Visma só evitou um desastre de relações públicas quando pôs fim à estratégia 'o mais forte vence'"- Philippa York

Um aspeto em particular do mais recente dos seus sucessos nas Grandes Voltas destacou-se. A incerteza em torno de quem é o verdadeiro líder da equipa. Durante muito tempo, esse título recaiu indiscutivelmente sobre os ombros de Primoz Roglic, mas as vitórias consecutivas de Jonas Vingegaard na Volta à França levaram-no a suplantar o seu colega de equipa aos olhos de muitos. Na Vuelta, porém, ambos trabalharam ao serviço de Sepp Kuss.

"Não se pode manter tantos bons corredores juntos durante muito tempo. Todos eles têm as suas próprias ambições. A dada altura, alguns optarão por outra equipa. É por isso que vejo Roglic potencialmente a mudar-se para a INEOS Grenadiers ou para a Lidl-Trek", prevê Jansen. "Seria uma escolha bastante lógica. E isso impediria a Jumbo-Visma de conseguir um 1-2-3 numa Grande Volta."

Leia também

Sepp Kuss não tenciona competir pela camisola amarela na Volta a França: "No Tour é muito mais nervoso"

Sepp Kuss: "Muitas pessoas no meu país ainda se lembram da era de Lance Armstrong. Seria bom que essa imagem mudasse um pouco"