A Red Bull - BORA - Hangrohe divulgou hoje o seu alinhamento para a
Volta a Itália, que contará com
Primoz Roglic como líder e um dos principais favoritos à vitória final.
Tendo em conta o investimento, a Red Bull não está a fazer uma temporada por aí além, somam 9 vitórias, 3 apenas no worldtour e todas na Volta à Catalunha por Primoz Roglic - 2 etapas e a geral, que foi, aliás, a última vitória da equipa, há mais de um mês. Contam também com 26 pódios e 75 top 10. Analisamos agora os 8 selecionados para a primeira grande volta do ano.
Alinhamento da Red Bull para a Volta a Itália
Primoz Roglic
Giovanni Aleotti
Nico Denz
Gianni Moscon
Giulio Pellizzari
Roglic regressa ao Giro 2 anos depois da vitória na classificação geral, em 2023. Fez uma preparação bastante pensada, começando a temporada na Volta ao Algarve, mais a frio, foi 8º na geral. De seguida, rumou à Volta à Catalunha e conquistou a geral, com direito a reviravolta na etapa final de Barcelona. E, mais importante, que a vitória em si, foi o ascendente ganho perante Juan Ayuso, 2º nessa competição, e que também estará presente na Volta a Itália. Sem dúvida que é um dos grandes favoritos a vencer esta grande volta e esta pode ser a sua última chance.
Se por qualidade individual, Roglic é favorito, a qualidade coletiva eleva o seu patamar de favoritismo - quem não queria dar-se ao luxo de contar com um campeão da Volta a Itália como gregário - Jai Hindley - e também com o 2º classificado da edição passada - Daniel Martínez.
Hindley está a ter em 2025 algo que lhe tem faltado noutras temporadas - a regularidade. Foi 9º na Volta à Comunidade Valenciana, 5º no Tirreno-Adriatico e 8º na Volta aos Alpes. Seria um desperdício queimar um ciclista nesta forma com trabalho logo nas primeiras jornadas, há que mantê-lo por perto e, se possível, jogar taticamente na 3ª semana.
Martinez, por outro lado, parece-me um caso diferente. Só começou a competir no inicio de abril, ficou num longínquo 88º lugar na Volta ao País Basco, mas já mostrou melhores sinais com um 7º lugar na Liege-Bastogne-Liege, ainda assim acredito que estará totalmente ao dispor do esloveno e será expectável que esteja em grande forma na 3ª semana.
Depois de falar do plano B e de um eventual plano C, há que virar atenções para os outros gregários de montanha e há qualidade a transbordar. Jan Tratnik, fiel escudeiro de Roglic, vai estar presente, esteve com o esloveno em altitude e espera-se que melhore a sua forma, já que os resultados esta época têm sido um pouco desanimadores.
Pellizzari, pelo contrário está a andar bem melhor, ainda que tenha apenas 11 dias de competição. Esteve incrível no apoio a Roglic na Catalunha, conseguindo ainda terminar em 16º na geral, depois disso seguiu para altitude e regressou na Liege. Certamente não terá a liberdade para procurar etapas como em 2024, mas deveremos vê-lo muitas vezes na frente do pelotão, nos principais passos montanhosos.
Giovanni Aleotti completa o grupo da montanha, um ciclista muito regular, com um ritmo muito certo, será chamado à ação antes dos ciclistas acima referidos.
Nico Denz e Gianni Moscon vão proteger o líder nos terrenos planos, garantindo um bom posicionamento e tentando manter Roglic longe do calvário das quedas. Com 19 grandes voltas acumuladas entre ambos, experiência não falta.
Original: Miguel Marques