Na manhã seguinte ao dia da confusão, as consequências do final caótico da 1ª etapa da
Volta ao Algarve 2025 continuam a dominar o mundo do ciclismo. As opiniões dos participantes na corrida têm variado quanto aos culpados, mas de acordo com o sprinter da
Lotto,
Arnaud De Lie, a culpa é dos próprios ciclistas.
"Tínhamos feito o reconhecimento da final e tínhamos estudado tudo muito bem", explicou o belga após a etapa, com a consciência tranquila de que todos deviam estar do lado esquerdo da estrada. "Mas, de repente, toda a gente foi para a direita... Então, temos de ir para a direita com o resto do pelotão, caso contrário, podemos fazer com que os outros caiam".
Devido a este conhecimento da via correta que De Lie e a maioria, se não todos, do pelotão teriam tido do final, o belga acredita firmemente que a culpa é dos próprios ciclistas e não da organização da corrida. "Toda a gente sabe que a bicicleta não vai sozinha até ao final e que se desliga num determinado ponto. A organização não pode fazer muito em relação a isso", conclui o campeão nacional belga. "Como ciclistas, temos tantas ferramentas hoje em dia para explorar o percurso. Isto não deveria acontecer".
Como se veio a verificar, o primeiro ciclista no pelotão foi o colega de equipa de De Lie na Lotto,
Jarrad Drizners. Após a etapa, o australiano admitiu a falha, mas culpou a confusa falta de barreiras para bloquear o lado errado da estrada: "É um erro estúpido, mas não havia uma sinalização clara", explicou Drizners. Foi tudo muito confuso. Penso que toda a gente no pelotão confirmará que não foi muito claro. Também houve muita confusão no autocarro da equipa depois".