"As coisas estão a correr bem para um lugar no pódio" Tom Pidcock defende-se dos homens da Red Bull no contrarrelógio

A Volta a Espanha 2025 continua a ser inesquecível para Tom Pidcock. O britânico da Q36.5 Pro Cycling defendeu com sucesso o terceiro lugar da classificação geral no contrarrelógio desta quinta-feira em Valladolid. O 22º tempo do dia foi suficiente para reforçar a vantagem sobre o seu perseguidor direto, Jai Hindley, entrando na penúltima etapa com 39 segundos de margem.

"Olhando para as minhas estatísticas, penso que foi o meu melhor contrarrelógio de sempre", confessou Pidcock ao Eurosport após cortar a meta, 28 segundos atrás do vencedor Filippo Ganna. "Não investi muito nesta disciplina. Fiz um contrarrelógio por equipas e uma sessão específica de preparação. O meu principal foco foi melhorar nas subidas. Mas senti-me muito forte e, para ser sincero, não precisava de ser mais longo. Penso que muitos homens dariam a mesma resposta".

Depois de dificuldades no Angliru e La Farrapona, Pidcock regressou a um nível competitivo e acredita estar pronto para a batalha final pela camisola vermelha. "O final da segunda semana foi muito difícil, mas esta semana sinto-me realmente de volta à corrida. As coisas estão a correr bem para um lugar no pódio. Estou confiante, mas não posso ficar complacente. Esta é a primeira vez que estou nesta situação e sei que o Hindley e o Pellizzari vão atacar-me nos próximos dias".

O britânico evitou entrar em polémicas sobre os protestos que continuam a marcar a corrida. "Presto o mínimo de atenção possível a qualquer potencial redução de etapas e não me envolvo em discussões entre os ciclistas. Damien Howson trata disso pela nossa equipa. Eu limito-me a preparar as etapas previstas. Se alguma coisa mudar, adaptar-me-ei".

No duelo pela camisola branca, Giulio Pellizzari perdeu nove segundos para Matthew Riccitello, mas continua a liderar a classificação jovem com quase um minuto de vantagem sobre o norte-americano. O italiano da Red Bull - BORA - Hansgrohe, 5º da geral, reconheceu que não esteve no seu melhor.

"Acho que hoje foi demasiado curto para mim", afirmou. "Estava um pouco cansado depois de ontem e esperava melhor, mas era importante salvar o resultado e continuamos a lutar".

Depois da vitória na 17ª etapa, onde ganhou terreno significativo, Pellizzari voltou a perder parte da vantagem. "No final, ontem ganhei 30 segundos [sobre Riccitello] e hoje perdi dez, por isso é bom. Ainda há uma etapa de montanha e veremos como estão as pernas. Estamos os dois no top-5 da classificação geral [com o meu colega Jai Hindley], mas de certeza que vamos tentar colocar um homem no pódio".

Com o contrarrelógio a definir margens curtas, a Bola del Mundo promete ser o grande palco de decisão da Vuelta, onde Pidcock, Hindley e Pellizzari vão medir forças pelo último lugar no pódio.