Wout van Aert terminou a sua temporada na
Super 8 Classic, na Bélgica, longe da disputa pelo sprint decisivo. O triunfo acabou por sorrir a Arnaud De Lie, da Lotto, que prolongou o excelente momento de forma de setembro ao impor-se diante de
Matthew Brennan, da
Team Visma | Lease a Bike, e de Jordi Meeus, da Red Bull - BORA -Hansgrohe. Para Van Aert, que integrou a jogada chave do dia juntamente com Brennan e Christophe Laporte, o desfecho representou o fecho de uma época marcada por altos e baixos.
"Com uma versão um pouco melhor de mim e dos meus colegas de equipa, poderíamos ter jogado um pouco mais", afirmou Van Aert ao HLN. A Visma endureceu a corrida quando faltavam 80 quilómetros para a meta e chegou a parecer ter o controlo, colocando três ciclistas no grupo da frente. No entanto, a quebra física de Laporte deixou Van Aert e Brennan sozinhos para responder aos ataques.
"Tínhamos a esperança de adiar um pouco a carta Brennan. Mas a decisão foi tomada rapidamente. As coisas correram melhor para mim do que no Canadá, mas não estava confiante de que, se chegasse à frente com alguém, conseguiria finalizar. Ainda assim, gostei de tentar manter a corrida controlada", acrescentou o belga.
Balanço de uma época irregular
Van Aert fez também uma retrospetiva da sua campanha, assinalando tanto conquistas marcantes como oportunidades perdidas. "As vitórias nas etapas de Siena e Paris fizeram realmente o meu ano. Houve também momentos baixos, em que perdi hipóteses. Agora é altura de ir de férias. Mas sem bicicleta. Em casa vão ficar contentes com isso e eu posso finalmente ser apenas pai", comentou.
Enquanto Van Aert refletia, a frente da corrida foi disputada ao sprint. Matteo Trentin, da Tudor, foi bem lançado, mas não conseguiu responder à explosão de De Lie, que somou a segunda grande vitória em apenas uma semana. Brennan, apesar do esforço, teve de se conformar com o 2º lugar, mas saiu satisfeito com a prestação.
Brennan confirma progressão
"Foi um final agitado", disse Brennan num comunicado da equipa. "No último quilómetro não havia qualquer controlo. Tentei seguir o Arnaud, porque sabia que ele era o sprinter mais forte do grupo. Infelizmente, não tive tempo suficiente para o ultrapassar. Ele venceu com mérito".
O jovem britânico aproveitou também para agradecer o apoio que recebeu dentro da equipa. "Gosto de correr nas clássicas flamengas. A equipa esteve excecional durante todo o dia e, no final, o Wout apoiou-me de forma fantástica. É especial sentir a confiança de ciclistas tão grandes. Sem a ajuda deles, provavelmente não teria chegado ao pódio hoje".