"Até ao último suspiro" Dentro da Arkéa, ainda se acredita que é possível continuar com a equipa em 2026

Ciclismo
quinta-feira, 14 agosto 2025 a 10:00
arkea
A Arkéa - B&B Hotels enfrenta uma luta cada vez mais complicada para assegurar a continuidade no WorldTour, com o relógio a correr para encontrar substitutos para os dois patrocinadores que abandonam o projeto. Pouco antes da Volta a França deste ano, a formação francesa confirmou que tanto a Arkéa como a B&B Hotels não prolongariam os respetivos contratos para além de 2025, deixando a estrutura à procura de novas fontes de financiamento. Apesar das prestações encorajadoras de Kevin Vauquelin na Volta a França, as perspetivas de manter o estatuto máximo do ciclismo mundial são cada vez mais reduzidas.
A incerteza prolonga-se há meses e afeta tanto ciclistas como staff. "É frustrante, por si só, que haja tão pouca comunicação, mas isso não é uma censura", afirmou Jenthe Biermans ao Het Nieuwsblad. "Se não há nada, é óbvio que não há muito para comunicar. Até ao último suspiro, o Hubert vai tentar encontrar uma solução para a sua equipa e para os seus ciclistas, mas o prazo continua a ser adiado. Manu diz: 'Dêem-me mais uma semana', 'no final da Volta', 'no final da Volta a França Feminina'... A realidade é que estamos agora em meados de agosto. O tempo está a passar".
Sem compromissos concretos, vários corredores garantiram já o futuro noutras equipas. De acordo com o Het Nieuwsblad e o jornalista Daniel Benson, Biermans deverá rumar à Cofidis, enquanto Martin Tjotta já foi oficializado pela Uno-X. Vauquelin, principal destaque da Arkéa - B&B Hotels no Tour, tem como destino a INEOS Grenadiers.
Mesmo que o problema de patrocínio fosse resolvido, o cenário desportivo continua a ser um desafio. A equipa ocupa atualmente o 21º lugar no Ranking UCI equipas, a cerca de 3 400 pontos da linha de manutenção, um fosso praticamente impossível de recuperar face ao reduzido calendário restante.
Este atraso praticamente inviabiliza a permanência no WorldTour em 2026. A descida ao escalão ProTeam diminuiria as hipóteses de convites automáticos para as grandes provas, dificultando ainda mais a atração de ciclistas e patrocinadores de topo.
Agosto é tradicionalmente o mês em que se fecham contratos, com empresas a definirem orçamentos e transferências a serem concluídas. A saída de peças-chave como Vauquelin fragiliza ainda mais a capacidade de apresentar o projeto como uma aposta sólida para investidores.
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