Bryan Coquard abandona Volta a França depois de fazer duas etapas com um dedo partido!

A aventura de Bryan Coquard na Volta a França de 2025 chegou ao fim de forma amarga e prematura. O sprinter da Cofidis foi forçado a abandonar a corrida após completar heroicamente o contrarrelógio da 13.ª etapa, menos de 24 horas depois de ter fraturado o dedo anelar da mão direita numa queda inesperada durante a etapa anterior.

Tudo aconteceu na 12.ª etapa, marcada pela chegada ao alto do Hautacam, onde Coquard tentou antecipar-se ao pelotão integrando a fuga do dia. Contudo, a sua jornada sofreu um revés quando, numa das zonas de abastecimento, falhou ao tentar apanhar a musette e acabou por cair, fraturando um dedo, um incidente que escapou às câmaras de televisão, mas que foi rapidamente notado quando as imagens mostraram o francês magoado na berma da estrada, visivelmente em dificuldades.

Apesar da dor e da limitação funcional, Coquard recusou abandonar de imediato a corrida. Concluiu a duríssima etapa alpina dentro do tempo limite, num cenário pouco habitual para um sprinter, e ainda alinhou no contrarrelógio individual do dia de hoje, com o corpo enfaixado e a moral em baixo. “Tentámos imobiliza-lo o mais possível para que funcionasse hoje. É uma subida, por isso não há muito risco”, explicou Coquard à France Télévisions antes de enfrentar os 10 quilómetros de esforço individual.

Com a decisão praticamente tomada em concordância com a equipa médica, o francês admitia já antes da partida que o seu Tour terminaria ali. “Será certamente a minha última etapa. Tivemos muitas discussões com o médico. Quero correr hoje, mas por razões de segurança, para todo o pelotão e para o resto da corrida, não poderei certamente começar amanhã.”

A decisão marca o fim prematuro da sua campanha na Grand Boucle, onde esperava encontrar uma oportunidade de sprint para brilhar. Conhecido pela sua combatividade e técnica refinada nas chegadas rápidas, Coquard volta a ver-se afastado da luta pelas vitórias ao sprint por causa de um infortúnio que estava fora do seu controlo.

Com operação marcada para tratar a fractura, o foco de Bryan Coquard vira-se agora para a recuperação. A Cofidis, por sua vez, perde um dos seus homens-chave para as etapas planas, num Tour que já se revelou exigente e implacável para os sprinters. A atitude combativa e a resiliência demonstrada por Coquard, ao insistir em terminar duas etapas em condições físicas comprometedoras, mereceram elogios generalizados e reforçam o espírito de sacrifício que marca a Volta a França.