Caso Oier Lazkano: Novos detalhes da operação policial, dados informáticos e ligações ao doping

A suspensão de Oier Lazkano, ciclista da Red Bull - BORA - hansgrohe, tem gerado um dos maiores casos de especulação e incerteza do ano no ciclismo. Inicialmente, pouco se sabia sobre os motivos que levaram à sua suspensão, mas agora começam a surgir informações reveladoras sobre uma investigação policial prolongada que culminou em abril, quando as autoridades visitaram a sua residência para recolher pertences pessoais e dados.

Lazkano foi suspenso devido a anomalias encontradas no seu passaporte biológico durante o período entre 2022 e 2024, os anos em que esteve ao serviço da Movistar. A razão pela qual a UCI só tomou medidas em outubro começa a ser mais clara, uma vez que foi realizado um esforço coordenado para detectar as possíveis irregularidades de Lazkano, após a Paris-Roubaix, que foi a sua última corrida na temporada.

Segundo o El País, que conduziu uma investigação minuciosa sobre o caso, o ciclista foi visitado este mês pelas autoridades especializadas em Andorra, onde lhe foi comunicado que estava a ser alvo de uma investigação. Lazkano foi instruído a entregar o seu telefone, computador portátil e dados pessoais, de modo a que os seus contactos pudessem ser analisados.

Durante a investigação, soube-se que Lazkano teve quatro ocasiões distintas em que o seu passaporte biológico apresentou valores anormais, embora o momento exato dessas irregularidades ainda não tenha sido revelado. A situação ganha mais complexidade com o facto de o treinador de Lazkano na Movistar ser Leonardo Piepoli, um antigo ciclista envolvido em casos de doping e desonrado devido às suas ligações com práticas ilegais no desporto. Piepoli ingressou na Movistar em 2022 e Lazkano era um dos ciclistas que estava a colaborar com o treinador.

A Red Bull - BORA - hansgrohe decidiu que Lazkano não iria competir com a equipa em maio, após um campo de altitude no qual o ciclista estava a preparar-se para uma possível participação na Volta a França. Desde então, o ciclista se ausentou das competições, apagou as suas redes sociais e gerou uma onda de especulação. Embora não tenha sido detectada qualquer substância proibida no seu sangue ou urina, Lazkano não conseguiu justificar as anomalias registadas no seu passaporte biológico.

Atualmente, Lazkano encontra-se provisoriamente suspenso, com o seu contrato com a equipa alemã rescindido. O futuro do ciclista continua envolto em incertezas, sem qualquer indício de uma resolução positiva no horizonte.