Depois de um início de época marcado por problemas físicos e ausências inesperadas,
Cian Uijtdebroeks parece finalmente a encaminhar-se para um regresso competitivo. O jovem belga da
Team Visma | Lease a Bike, de apenas 22 anos, tem enfrentado problemas de circulação sanguínea que limitaram fortemente o seu calendário desde a Volta a Espanha de 2024, onde em 2023 já tinha dado sinais de ser um dos trepadores mais promissores do pelotão internacional.
A temporada de 2025 tem sido praticamente inexistente para Uijtdebroeks. Apesar de ter sido inicialmente apontado à Volta à Romandia, essa e outras corridas foram riscadas do calendário para priorizar a sua recuperação. Os efeitos do problema são visíveis nos seus resultados irregulares, e a sua última competição foi há já um mês, nas duras clássicas de montanha do Jura francês.
Contudo, as redes sociais trouxeram finalmente boas notícias para os seus fãs e para a equipa. Numa publicação recente no
Instagram, Uijtdebroeks partilhou imagens de treino em Andorra, sob chuva, com a legenda simbólica:
“O único caminho é para cima”
“Passo a passo, construindo novamente essa base”.
Um regresso muito aguardado
A Visma | Lease a Bike continua a ser uma equipa com profundidade e qualidade, mas o potencial de Uijtdebroeks como futuro líder em Grandes Voltas é visto internamente como estratégico para o médio prazo. Após a saída turbulenta da BORA - hansgrohe no final de 2023, o jovem belga iniciou uma nova etapa na equipa neerlandesa com grandes ambições. Porém, o seu percurso tem sido travado por contratempos físicos que tornaram 2024 irregular e 2025 quase inexistente até ao momento.
Apesar de ainda não haver uma data oficial para o seu regresso às corridas, o facto de estar de volta à altitude em Andorra, local habitual de preparação de muitos líderes do WorldTour, é um excelente sinal. O foco em construir “a base” indica que se encontra numa fase de trabalho aeróbico e resistência, preparando o motor para o verão.
O que esperar de Uijtdebroeks?
Se os sinais positivos se confirmarem, é provável que a Visma lhe atribua um papel importante numa das próximas Grandes Voltas (Volta a França ou Vuelta), ou até uma prova como a Volta à Suíça, caso a recuperação permita um regresso já em junho.
Uijtdebroeks tem um perfil que se enquadra perfeitamente nas exigências das Grandes Voltas modernas: trepador leve, resistente em alta montanha e com bom contrarrelógio, especialmente quando em boa forma. A Visma, que já perdeu Christophe Laporte para o Tour e continua com várias ausências prolongadas por lesão, poderá ver no belga uma peça essencial para o final da temporada, desde que não haja pressa e a gestão da saúde seja prioritária.
Será este o início do regresso de um dos nomes mais promissores da nova geração de trepadores? Tudo indica que sim.