Foi com grande surpresa que recebemos a confirmação oficial do alinhamento da
Israel - Premier Tech para a
Volta a Espanha, com Derek Gee como ausência sonante de última hora. O canadiano estava previsto, mas foi retirado à minutos, virando totalmente a atenção das equipas para a conquista de etapas... ou talvez não.
Estatísticas da Israel - Premier Tech em 2025
20 vitórias, 57 pódios, 137 top 10, 14º lugar no ranking UCI 2023-2025
Alinhamento da Israel - Premier Tech para a Volta a Espanha 2025
George Bennett
Jan Hirt
Nadav Raisberg
Jake Stewart
Pier-André Coté
Marco Frigo começa a Vuelta em casa, já que a edição de 2025 parte de Turim, e já avisou que quer ganhar uma etapa, porque não logo nos primeiros dias, o 1º será díficil, pois devem ser os sprinters a imporem-se, mas no 2º e 3º dias, o italiano pode brilhar e até chegar à camisola vermelha. No entanto, as suas chances não se esgotam em Itália, terá muitas oportunidades para provar que este é o seu ano de afirmação - ganhou uma etapa na Volta aos Alpes, foi 5º na Volta à Bélgica e 7º na Volta à Polónia.
Escrevi que a primeira etapa seria para os sprinters e a aposta para esse campo é Ethan Vernon, o britânico ganhou uma etapa na Volta à Catalunha e somou mais 10 top 10 até aqui, poderá ser uma das maiores ameaças a Pedersen nos finais mais planos, tem uma grande velocidade de ponta e experiência da pista.
Jake Stewart será o lançador do seu compatriota nos dias mais planos e assumirá, ele próprio, o papel de sprinter principal, em chegadas mais picadas. Recordo-me da sua vitória no Critérium du Dauphiné, numa jornada com 1700m de acumulado, diante de nomes como Milan, Laurance e Waerenskjold. Vem diretamente do Tour, onde apenas conseguiu um lugar de destaque: 6º na 19ª etapa.
Muitos podem pensar que as hipóteses de uma boa geral se esvaíram sem Gee, mas não nos podemos esquecer de Riccitello, é uma aposta arriscada? É. Mas a regularidade do jovem de 23 anos nestas 2 épocas tem sido evidente, este ano ganhou o Sibiu Tour, 9º na Volta aos Alpes, top 20 no UAE Tour, Catalunha e Polónia, é a sua 3ª grande volta da carreira, começa a apresentar alguma maturidade, tera apenas que melhorar o CRI, no CRI coletivo também sairá muito prejudicado, mas aposto num top 20 na geral final.
Bennett e Hirt serão quase como "irmãos mais velhos" do americano, dois ciclistas de equipa, que já provaram que, quando são chamados ao trabalho, dão tudo na estrada, e podem transmitir-lhe muitos ensinamentos, duas peças chave no xadrez da Israel.
Raisberg e Coté vão estar no comboio do sprint, o primeiro mais na perseguição de fugas, o segundo direcionado ao final das etapas, ele que também passa bem a média montanha - este ano foi 9º na Volta à Bélgica e 10º na Dwars het Hageland.
Original: Miguel Marques