"Conhecendo o Pogacar, provavelmente vai querer competir no Campeonato do Mundo de..." Colega de equipa revela novo objetivo do esloveno?

Ciclismo
quarta-feira, 22 outubro 2025 a 13:00
Florian Vermeersch e Tadej Pogacar na Strade Bianche 2025
Florian Vermeersch viveu no início de outubro um dos momentos mais marcantes da sua carreira. Um ano depois de ter ficado em segundo lugar atrás de Mathieu van der Poel, o belga da UAE Team Emirates - XRG conquistou finalmente a camisola arco-íris de campeão do mundo de gravel, impondo-se com autoridade nas duras e sinuosas estradas do Sul do Limburgo.
Conhecido pela sua potência e resiliência em terrenos planos e traiçoeiros, Vermeersch tem-se afirmado como um dos ciclistas mais completos da equipa, com um papel determinante nas clássicas e, sobretudo, como apoio essencial de Tadej Pogacar em corridas como a Paris-Roubaix, onde o esloveno voltará a tentar a vitória em 2026. E, segundo o próprio belga, não será de estranhar se um dia Pogacar também se aventurar no gravel competitivo.
"Ele mandou-me uma mensagem a dar os parabéns. Agradeço-lhe por isso2, contou Vermeersch à Sporza. "Conhecendo o Pogacar, ele provavelmente vai querer competir no Campeonato do Mundo de Gravel no futuro".

Um triunfo improvável

A vitória de Vermeersch foi conquistada à custa de muita força, sangue-frio e, acima de tudo, improvisação. Logo no início da corrida, um furo parecia deitar tudo a perder, num cenário particularmente complicado, sem carros de apoio logo atrás, como acontece nas provas de estrada.
florianvermeersch
"Felizmente, tinha comigo um cartucho de CO₂ e tampões para tapar o buraco no pneu", explicou. "Isso atrasou-me cerca de um minuto e meio, mas após 20 ou 30 quilómetros consegui apanhar os restantes".
A partir daí, a corrida transformou-se num épico pessoal. O belga lançou um ataque decisivo a longa distância, em conjunto com Friets Besterbos, e os dois conseguiram escapar ao grupo principal até ao final. Vermeersch revelou um poder impressionante, não só a nível físico, mas também mental, demonstrando a capacidade de manter o ímpeto mesmo depois de um contratempo que poderia ter arruinado o seu dia.
"Foi uma corrida incrível", resumiu. "Depois de furar, não pensei que pudesse ganhar, mas continuei a acreditar. As pernas estavam fantásticas e o corpo respondeu quando mais precisava".

Pogacar e o gravel: uma possibilidade real

O novo campeão do mundo acredita que Pogacar poderá, em breve, juntar-se à lista de estrelas que se aventuram no gravel. O esloveno chegou a considerar a participação este ano, já que o evento estava inicialmente marcado para Nice, perto da sua residência, e realizado apenas um dia após Il Lombardia, a sua habitual corrida de fecho de temporada.
Contudo, a mudança para o Sul do Limburgo, nos Países Baixos, acabou por inviabilizar os planos. "Se o Mundial tivesse sido em França, penso que ele teria participado", admite Vermeersch. "Pogacar gosta de experimentar coisas novas, e conhecendo o seu espírito competitivo, acredito que vai querer disputar o título mundial de gravel um dia".
O exemplo de Tom Pidcock, que tentou combinar Il Lombardia e o Mundial de Gravel mas acabou por não brilhar em nenhuma das provas, mostra a dificuldade de conciliar os dois mundos. Ainda assim, Vermeersch acredita que Pogacar teria o perfil perfeito para o gravel: explosivo, técnico e capaz de lidar com percursos longos e irregulares.
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