Demi Vollering sofre na etapa rainha e a vitória na Volta a França Feminina parece uma miragem: "Não tenho uma explicação..."

As aspirações do título de Demi Vollering na Volta a França Feminina 2025 sofreu um duro revés no Col de la Madeleine. A vencedora da edição de 2023 perdeu mais de três minutos para Pauline Ferrand-Prévot, vencedora da etapa, e caiu para o terceiro lugar da geral. A neerlandesa começou a prova como grande favorita à vitória final e ao triunfo na etapa rainha, mas a sua prestação levantou dúvidas imediatas sobre o seu estado físico.

A queda sofrida logo nos primeiros dias da corrida parecia, à primeira vista, não ter deixado sequelas. Chegou a temer-se uma concussão, e a hipótese de abandono esteve em cima da mesa. Contudo, Vollering manteve-se em prova e exibiu consistência nas etapas seguintes, mostrando-se aparentemente recuperada.

Mas na Madeleine, a realidade foi diferente. A campeã da Volta a Espanha Feminina não conseguiu seguir o ritmo das principais adversárias e quebrou ainda antes da subida decisiva. A questão impôs-se de imediato: estaria apenas num dia mau, ou estaria ainda a sofrer consequências da queda?

"Ainda não falei com a Demi, mas parece que sim", afirmou Lars Boom, diretor da FDJ-Suez, à Eurosport, admitindo que o impacto da queda poderá ainda estar a fazer-se sentir. "Não tenho uma explicação, tenho de falar com ela primeiro", acrescentou, sublinhando a incerteza no seio da equipa quanto ao que correu mal na jornada de alta montanha.

Apesar da desilusão com o desempenho de Vollering, Boom elogiou a atitude da formação. "Tínhamos a Evita (Muzic), que ainda estava numa boa posição na classificação, na frente. Isso foi bom para nós. Mostra que estamos a trabalhar muito bem como equipa esta semana. Mas sim, a Pauline e a Gigante estiveram muito fortes. É assim que as coisas são".

Na geral, Vollering está agora no terceiro lugar, com apenas cerca de vinte segundos de vantagem sobre Katarzyna Niewiadoma, campeã em título. "Ela é agora terceira, com cerca de vinte segundos de vantagem sobre Kasia. Isso é bom. Estou a tentar manter a liderança. Amanhã é outra etapa muito dura. Espero que ela tenha melhores pernas nessa altura", afirmou Boom, na expectativa de uma recuperação rápida da sua corredora.