Dentro da Emirates há preocupação em relação ao estado de Pogacar após queda na etapa 11 da Volta a França: "Não dormiu bem esta noite"

Ciclismo
quinta-feira, 17 julho 2025 a 10:59
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A queda de Tadej Pogacar na 11.ª etapa da Volta a França de 2025 pode ter parecido um incidente menor à primeira vista, mas poderá ter consequências duradouras na luta pela Camisola Amarela. Embora o líder da UAE Team Emirates - XRG tenha escapado a lesões visíveis, a forma como recupera física e mentalmente será crucial para o resto da prova, especialmente com o Hautacam a marcar o arranque decisivo das grandes montanhas.
Mauro Gianetti, diretor desportivo da UAE, explicou ao HLN como se desenrolou o acidente: “Alguns ciclistas, creio que três, saltaram do grupo perseguidor para a direita. Isso criou um efeito dominó. Outros seguiram-se. Foi apenas uma daquelas situações caóticas. Mas toda a gente percebeu: o Tadej não teve culpa nenhuma.”
A atitude do pelotão, que optou por não tirar partido do momento e esperou pelo líder esloveno, foi amplamente elogiada por Gianetti: “Ele pôs-se de pé rapidamente, a verificar a bicicleta, o que nos deu esperança. E com a ajuda do Jhonatan Narváez e do Adam Yates, conseguiu regressar ao grupo principal num instante.” Para o responsável da UAE, o gesto de fair-play foi exemplar: “Foi um enorme sinal de respeito. Ninguém era obrigado a esperar. Foi um incidente de corrida, e poderiam perfeitamente ter continuado. Mas preferiram competir com as pernas e não com a sorte. É isso que faz deste desporto algo tão especial.”
Tim Wellens expressou preocupação com o estado físico de Pogacar após a queda de ontem
Tim Wellens expressou preocupação com o estado físico de Pogacar após a queda de ontem
Apesar da aparência tranquila de Pogacar após o incidente, Gianetti admite que o susto não foi insignificante: “Felizmente, houve mais preocupação do que danos reais. Quinta feira estamso prontos para voltar â luta."
Já o belga Tim Wellens, companheiro de equipa de Pogacar, deu a entender que o impacto emocional da queda foi bem real. “Estava a praguejar. É compreensível. Ninguém gosta de cair, sobretudo numa fase destas. Ele evitou o pior, sim, mas isso afetou-o.”
E o verdadeiro teste poderá ainda estar por vir. “Ele certamente não dormiu bem esta noite”, advertiu Wellens. “Este tipo de queda não se sente logo, atinge-nos dois dias depois, quando a rigidez começa realmente a instalar-se. Vamos ver como reage nas montanhas.”
Com o Hautacam a perfilar-se como palco de duelo entre Pogacar e Vingegaard, a dúvida permanece: terá o esloveno conseguido escapar ileso em termos físicos e mentais? O pelotão mostrou respeito. Mas a alta montanha, essa, não terá piedade.
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