Derek Gee teve uma exibição dominadora no Gran Camiño. Venceu o contra-relógio e foi 2º na etapa rainha, à frente de todos os rivais da geral, que acabou por vencer, diante de Davide Piganzoli e Magnus Cort Nielsen. Venceu também a classificação da montanha.
A geral do Gran Camiño foi a primeira corrida por etapas que o canadiano venceu na carreira, juntando o seu nome à ilustre lista de vencedores da recente corrida espanhola, composta por Alejandro Valverde e Jonas Vingegaard (2 vezes). Numa entrevista ao jornal "O Jogo", Gee mostrou-se bastante satisfeito pela vitória, "É muito bom, mas penso que o melhor é não ter o tempo [meteorológico] que o Vingegaard teve aqui quando veio. Tivemos muita sorte, porque esteve muito sol. Ver a lista de vencedores desta corrida desde que começou, em 2022, com Valverde e Vingegaard… é uma boa lista da qual fazer parte. O meu grande objetivo este ano é o Giro e tentar acabar o mais alto possível na geral. É um grande, grande começo para essa campanha".
Esta corrida já está ultrapassada e Gee vira agora agulhas para o próximo desafio, uma das corridas de 1 semana mais prestigiadas do calendário "O Tirreno será um grande teste, porque muitos dos ciclistas que estarão aí também estarão na Volta a Itália, mas claro que ainda falta muito. Penso que estamos onde queríamos estar agora, mas ainda há muito caminho pela frente".
Depois de uma temporada de 2024 notável, onde liderou o Criterium du Dauphiné e acabou em 3º lugar na geral, para além de ter terminado pela primeira vez no top 10 de uma grande volta na carreira, foi 9º no Tour, o ciclista de 27 anos irá pela primeira vez a uma grande volta totalmente focado na classificação geral: "Penso que o objetivo é a classificação geral, por isso depois de ter sido nono no Tour gostaria de melhorar. Obviamente são três semanas, nunca sabemos o que pode acontecer, quem vai participar, que forma terei. Há tantas incógnitas. O objetivo vai ser apenas acabar o mais acima possível na geral".
Contudo, para o simpático corredor da Israel-Premier Tech almejar o pódio "pode ser um passo demasiado grande". "Mas nunca sabemos, é ciclismo, tudo pode acontecer. Não vou dizer um número, porque é a primeira grande Volta em que nos vamos focar na geral. É tentar acertar no processo e trabalhar em coisas que percebemos no ano passado que tínhamos de melhorar", acrescentou.