Director desportivo da Visma reconhece superioridade de van der Poel e Pogacar, mas não entrega a vitória: "Temos de correr mais riscos"

Ciclismo
sábado, 05 abril 2025 a 13:47
tadejpogacar

A Team Visma | Lease a Bike parte para a Volta à Flandres deste domingo com um objetivo claro, mas altamente ambicioso: tentar destronar os dois grandes dominadores das Clássicas da atualidade — Tadej Pogacar e Mathieu van der Poel. No carro da formação holandesa estará Grischa Niermann, que acredita na força coletiva da equipa para desafiar os favoritos, embora reconheça a dificuldade da missão.

“Depois da desilusão na Dwars door Vlaanderen, tivemos tempo para refletir e destacar também os aspetos positivos”, referiu Niermann, lembrando a atuação dominante da equipa na última quarta-feira. “Executámos na perfeição o nosso plano táctico, controlámos a corrida desde cedo e impusemos o nosso ritmo ao pelotão. É isso que defendemos e que devemos recordar.”

Na Flandres, no entanto, o contexto será mais exigente. A presença de Pogacar e Van der Poel limita as variáveis tácticas, mas não retira ambição à Visma.

“A competição é muito mais dura. Não temos o principal favorito, mas temos uma equipa forte em todos os setores. Todos os sete ciclistas estão em boa forma, do Affini ao Van der Sande ao Jorgenson e ao Wout. Esta é uma das mais belas corridas do ano e um dos nossos grandes objetivos.”

Plano táctico? Procurar falhas que quase não existem

A movimentação que partiu o pelotão na Dwars door Vlaanderen, com três ciclistas da Visma a irem para a frente de corrida, é um bom exemplo do que a equipa procurará replicar. Mas Niermann não tem ilusões: voltar a surpreender será muito mais difícil.

“Estudamos constantemente as possibilidades de como podemos vencer, mas, sejamos honestos: o Tadej e o Mathieu estão num nível muito alto. Encontrar um ponto fraco para explorar... não é fácil. Preferimos jogar na antecipação, mas eles estão sempre preparados.”

Apesar do cenário complexo, o director desportivo acredita que as condições climatéricas, nomeadamente o vento frontal nos quilómetros finais, poderão alterar a dinâmica habitual da prova.

“Temos de correr mais riscos. Como o faremos ainda está em aberto, mas sabemos que qualquer corrida agressiva pode ser aproveitada por um ciclista com a camisola arco-íris para nos castigar. Por isso, é necessário um equilíbrio. Vamos reunir a equipa e traçar um plano claro sobre como usar os sete homens para maximizar as hipóteses.”

Menos pressão, mas ambição total

A Visma parte sem a pressão de controlar a corrida desde o quilómetro zero, mas isso não significa baixar a fasquia.

“A pressão não é tão elevada porque os olhos estão virados para outros. Mas isso não muda os nossos objetivos: não estamos aqui para celebrar um top-10. Se dissermos que ficar em nono é aceitável, então não temos a mentalidade certa. Queremos ganhar. E vamos dar tudo para conseguir o melhor resultado possível.”

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