Diretor da Visma feminina rasga a UCI depois do polémico contrarrelógio coletivo da Volta a Espanha feminina: "A UCI jogou sujo, insinuando a outras equipas, como a Movistar, que nós pedimos a sua desqualificação"

Ciclismo
terça-feira, 06 maio 2025 a 5:00
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Enquanto Marianne Vos conseguiu recuperar terreno com uma vitória na segunda etapa da Volta a Espanha Feminina, depois das dificuldades sentidas no contrarrelógio por equipas em Barcelona, o ambiente continua tenso nos bastidores. A origem da controvérsia? A alegada negligência por parte da organização e da UCI no controlo técnico pré-corrida.
A Team Visma | Lease a Bike Women veio a público denunciar as falhas ocorridas na verificação obrigatória das bicicletas antes do TTT inaugural. “Embora as ciclistas tenham chegado atempadamente para o controlo técnico, houve um atraso considerável no processo porque outra equipa apareceu fora do horário previsto. Além disso, a verificação foi inicialmente feita por apenas um comissário, o que aumentou ainda mais o tempo de espera”, relatou a equipa em comunicado.
A situação agravou-se com a chegada tardia de um segundo inspetor, que já não conseguiu compensar o atraso para a formação neerlandesa. “Algumas das nossas ciclistas receberam as bicicletas demasiado tarde e não conseguiram alinhar na partida a tempo”, explicou a estrutura da Visma, sublinhando o impacto direto no desempenho da equipa.
O treinador Jacco Verharen procurou esclarecimentos junto do colégio de comissários, mas a resposta que recebeu ficou longe de ser reconfortante. “Reconheceram que o processo falhou. Isto é desporto de alto rendimento e falamos de uma das principais corridas do calendário feminino. Lamentamos profundamente que algo assim tenha acontecido”, declarou.
Já o diretor desportivo da equipa Jos van Emden foi mais direto e emocional na sua reação, partilhada nas redes sociais. “Para que se perceba como funciona a UCI, partilho esta informação. Muitas equipas foram prejudicadas pela má gestão, por isso não culpo os adversários. Mas a UCI jogou sujo, insinuando a outras equipas, como a Movistar, que nós pedimos a sua desqualificação", denunciou. “A minha confiança na UCI já era baixa. Agora desapareceu por completo. Fair play? Só se for para inglês ver".
A polémica está instalada e deixa um sinal de alerta numa prova onde o profissionalismo das organizações deve estar ao nível da exigência do pelotão.
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