Primoz Roglic pode ter-se mantido discreto nas declarações, mas a
Red Bull - BORA - Hansgrohe não esconde o seu objetivo maior: vencer a Volta à Itália. Com o esloveno de 34 anos como líder absoluto, a formação alemã parte para o Giro de 2025 com um plano ambicioso e uma equipa de luxo que visa conquistar a classificação geral, aproveitando uma rara edição sem Tadej Pogacar, Jonas Vingegaard ou Remco Evenepoel.
"A nossa ambição para o Giro é clara", afirmou o diretor desportivo Rolf Aldag em conferência de imprensa. "Queremos ser protagonistas na luta pela geral e proporcionar uma corrida emocionante para os adeptos. Sabemos que será exigente e que todos os olhos estarão postos no Primoz".
Aldag evitou promessas excessivas, mas o alinhamento da equipa revela as verdadeiras intenções da Red Bull - BORA - Hansgrohe. Ao lado de Roglic estarão nomes como
Jai Hindley, vencedor da Corsa Rosa em 2022, Daniel Felipe Martínez, Giovanni Aleotti e Giulio Pellizzari - um bloco sólido e versátil, pensado para responder nos dias mais duros de montanha e oferecer alternativas táticas em várias frentes.
Apesar da confiança no plano delineado, o historial de quedas de Roglic continua a ser uma sombra que paira sobre as suas campanhas em Grandes Voltas. Aldag reconhece esse risco, mas garante que a estrutura montada visa precisamente mitigar qualquer eventualidade. "É por isso que o rodeámos de uma equipa experiente e equilibrada. O Primoz está em excelente forma e os colegas que o acompanham dão-nos margem de manobra estratégica".
Com cinco vitórias em Grandes Voltas no seu currículo, Roglic entra nesta edição como o grande favorito. Mas nesta corrida imprevisível, dominada por percursos montanhosos e sem um bloco hegemónico como a UAE ou a Visma, a capacidade de adaptação e o apoio colectivo poderão fazer a diferença.
Para a equipa do touro vermelho, esta é uma oportunidade que dificilmente se repetirá. E tudo aponta para que entrem em Roma com o Trofeo Senza Fine como único desfecho aceitável.