Eddy Merckx sobre Tadej Pogacar: "Pode dizer-se que ele não tem nada a ganhar em Roubaix. Mas posso imaginar que ele queira provar algo a si próprio"

Esta geração tem sido marcada pelo talento excecional de ciclistas como Mathieu van der Poel, que parte como grande favorito tanto para a Volta à Flandres como para a Paris-Roubaix, mas também de nomes como Tadej Pogacar e Remco Evenepoel, todos capazes de redefinir o que é possível no ciclismo moderno.

Evenepoel, que se prepara para regressar à competição nas próximas semanas, depois de uma lesão sofrida durante um treino, continua a ser apontado como um dos maiores talentos do pelotão internacional. Axel Merckx, filho do “Canibal”, também elogia o seu compatriota:

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“Em termos de talento puro, Remco é talvez o melhor, juntamente com Pogacar. O Tadej é mais forte a subir, enquanto o Remco destaca-se no contrarrelógio".

Mas apenas alguns dias antes do regresso do campeão olímpico, teremos a estreia de Tadej Pogacar no Paris-Roubaix, que o “Canibal” comenta: "Pode dizer-se que ele não tem nada a ganhar em Roubaix. Mas posso imaginar que ele queira provar algo a si próprio".

“Eu também não tinha nada a ganhar em 1972, quando ataquei o recorde da hora. Mas fi-lo na mesma. Não teria considerado a minha carreira completa sem isso. Nunca percebi porque é que Bernard Hinault, por exemplo, não tentou”.

Eddy Merckx acredita que há dois nomes que se destacam acima de todos os outros no ciclismo atual:

“Pogacar é mais completo, mas o motor dos dois é semelhante. A classe sai-lhe por todos os poros. Para mim, Pogacar e Van der Poel são, sem dúvida, os melhores ciclistas do momento. Só é pena que, por vezes, lhes falte mais oposição.”

Enquanto a temporada das clássicas aquece, o olhar de lenda para lenda serve de lembrete do impacto que estes corredores já têm no desporto - e de que, tal como Merckx fez outrora, Pogacar poderá querer conquistar tudo, até as corridas que dizem não serem adequadas às suas características.

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