O antigo campeão olímpico, vencedor da Paris-Roubaix e duas vezes vencedor do GP de Montreal,
Greg Van Avermaet, foi anunciado como embaixador do
Campeonato do Mundo de Estrada UCI de 2026, que terão lugar no Canadá. Com a experiência de quem conhece cada curva do exigente circuito canadiano, o belga traçou as suas expectativas para o desempenho da seleção do seu país.
Sobre o traçado do percurso, Van Avermaet sublinhou: "A partida será diferente e poderá haver menos voltas. Mas vai ser uma corrida difícil de qualquer forma." Para o belga, a altimetria e o terreno exigente favorecem claramente os seus compatriotas: "É um percurso que deve agradar aos ciclistas belgas: exigente, com muita altimetria. Mas ainda assim é possível."
O ex-ciclista destacou desde já os dois principais trunfos da Bélgica: "É a prova ideal para o Wout e para o Remco. O Wout pode terminar numa subida ao sprint, enquanto o Remco atacar e gastar alguma energia na subida."
Van Avermaet lembrou ainda o sucesso histórico da Bélgica na cidade canadiana: "A última vez que o Campeonato do Mundo se realizou em Montreal, Eddy Merckx ganhou. Portanto, são tudo bons sinais."
Para o embaixador, a familiaridade com o percurso é uma vantagem: "É também bom para muitos ciclistas correrem num circuito que lhes é familiar. Noutros Campeonatos do Mundo existem muitas vezes um grande ponto de interrogação sobre a dureza do percurso, porque nunca se correu lá."
Kigali 2025: desafio de altitude para os trepadores
Antes do Mundial de 2026, o pelotão vai medir forças no Campeonato do Mundo de 2025 em Kigali, no Ruanda, que Van Avermaet considera ainda mais duro: "É um Campeonato do Mundo ainda mais difícil do que o de Montreal, um pouco mais exigente para os trepadores. Mais uma oportunidade para Remco se tornar campeão do mundo. No entanto, a viagem e a altitude tornam as coisas difíceis. Não se deve subestimar as corridas em grande altitude."
Entre os grandes candidatos, o belga aponta um nome óbvio: Tadej Pogacar. O esloveno, campeão mundial em 2024 na Suíça após um ataque demolidor a 100 quilómetros da meta, chega ao Ruanda com o claro objetivo de revalidar o título. "O Tadej Pogacar será provavelmente o rival mais difícil. Não vamos dizer de repente que ele é mau só porque perdeu uma vez (no Quebeque)."
Apesar de não ter vencido no GP Quebeque, Pogacar confirmou o seu excelente momento dois dias depois, ao lançar um ataque decisivo que permitiu a vitória do colega de equipa Brandon McNulty, demonstrando que está pronto para o desafio. "Acho que ele está novamente a andar a um nível muito elevado. Ainda há alguma margem para melhorar. É normal que tenha havido alguma descompressão depois da Volta a França, não há problema. Penso que ele está actualmente no nível ideal para evoluir para o seu melhor nível para o Campeonato do Mundo", concluiu Van Avermaet.