"Ele não estava feliz, o melhor para ele era ir-se embora": Jonas Vingegaard comenta a surpreendente saída da Visma neste mercado

Ciclismo
segunda-feira, 10 novembro 2025 a 17:28
JonasVingegaard
Jonas Vingegaard terminou a época de 2025 com mais uma vitória simbólica, desta vez no Saitama Criterium, a tradicional corrida de exibição que encerra o calendário com várias estrelas do pelotão mundial. No Japão, o dinamarquês da Team Visma | Lease a Bike partilhou o pódio e momentos descontraídos com ciclistas como Primoz Roglic e Jonathan Milan, mas aproveitou também para fazer um balanço da temporada em entrevista exclusiva ao AS, onde falou do seu futuro, dos planos para 2026 e da rivalidade com Tadej Pogacar.

Um inverno em modo de preparação

Com o período de descanso quase a terminar, Vingegaard revelou que regressará em breve aos treinos com a equipa. "Em dezembro vou com a equipa e penso que será na zona de Alicante, não tenho a certeza, para começarmos a treinar juntos. Não para Málaga, mas gostaria de lá voltar porque é uma zona que adoro: a cidade, o clima... seria bom regressar".
O dinamarquês destacou ainda o bom ambiente na estrutura neerlandesa e a chegada de novos reforços: "Diria que tentaram reforçar-nos com alguns homens rápidos para os sprints e também com vários trepadores para trabalhar nas subidas".

O desafio da Volta a França 2026

O bicampeão da Volta a França já analisou o percurso da próxima edição, que promete um final exigente. "Tem uma terceira semana muito dura, mas as duas primeiras são um pouco mais fáceis do que nos dois anos anteriores. Será interessante ver como evolui, porque é verdade que a terceira semana é mais exigente do que nas últimas edições".
Sobre o calendário, Vingegaard deixou em aberto a possibilidade de correr duas Grandes Voltas novamente. "Em dezembro ou janeiro já fazemos o plano para todo o ano e não há qualquer problema em torná-lo público. Ainda não decidimos nada, mas já fiz duas grandes voltas duas vezes na minha carreira (2023 e 2025, Tour e Vuelta) e a preparação é ligeiramente diferente quando se faz apenas um. Já ganhei a Vuelta e não estou a dizer que não quero voltar, mas é verdade que o Giro é algo que me faz falta por nunca ter participado e é uma corrida que gostaria de ganhar".

Pogacar, o rival que o motiva

Vingegaard reconhece que o duelo com Tadej Pogacar é o grande combustível da sua carreira. "É isso que me dá confiança e que me faz acreditar que posso voltar a fazê-lo, e espero que seja no próximo ano de 2026. Como diz, sou provavelmente o único ciclista que alguma vez o derrotou numa corrida por etapas. Seria fantástico voltar a fazê-lo e acredito que o posso fazer".
O dinamarquês, que este ano conquistou a Volta a Espanha, diante de João Almeida, garantiu que está pronto para outro confronto épico com o esloveno.
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Vingegaard e João Almeida tiveram uma bonita luta na Vuelta 2025
Apesar da vitória em Espanha, Vingegaard confessou ter ficado com um sabor agridoce. "Fiquei muito desiludido por não ter podido desfrutar do pódio, mas, por outro lado, vivemos algo muito especial no parque de estacionamento do hotel com outros colegas de equipa e é algo que nunca esquecerei".

Uijtdebroeks, o antigo colega agora rival

Por fim, comentou a saída de Cian Uijtdebroeks, que trocou a Visma pela Movistar Team. "Ele é um ótimo miúdo. Obviamente, ele não estava feliz, por isso o melhor para ele foi uma saída. Desejo-lhe as maiores felicidades e agora será mais um concorrente para nós".
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