Geraint Thomas e os números estratosféricos de Pogacar: "No meu melhor, talvez conseguisse aguentar isso durante 6, talvez 7 minutos"

Ciclismo
quarta-feira, 18 junho 2025 a 23:00
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Tadej Pogacar ofereceu um recital impressionante no Critérium du Dauphiné, triunfando em três etapas e assegurando com facilidade a vitória na classificação geral... tudo isto quase sem se levantar do selim. O líder da UAE Team Emirates - XRG não se limitou a vencer; esmagou os adversários, incluindo Jonas Vingegaard, bicampeão da Volta a França, que foi várias vezes deixado para trás por um Pogacar que parecia estar a pedalar sem esforço.
Com exceção de um contrarrelógio abaixo do esperado, foi uma semana de domínio absoluto e um claro aviso aos rivais antes do arranque da Volta a França 2025, agendada para 5 de julho. Na forma atual, Pogacar parece imparável na sua missão de conquistar a quarta camisola amarela da carreira.
Pogacar e Thomas (centro e direita) no pódio do Giro 2024
Pogacar e Thomas (centro e direita) no pódio do Giro 2024
As exibições do esloveno não passaram despercebidas no seio do pelotão. No seu podcast The Geraint Thomas Cycling Club, o vencedor do Tour de 2018 revelou o espanto com a performance de Pogacar. "Alguém que é ativo no desporto, vamos colocar dessa forma, e que estava lá, enviou-me uma mensagem a dizer que o Pogacar estava com uma potência de 7,2 watts por quilo ao longo de vinte minutos", contou Thomas. "Pensei nisso por um segundo. Quando eu estava no meu melhor, talvez conseguisse aguentar isso durante seis, talvez sete minutos. É uma loucura".
Para Thomas, o modo como o esloveno aplicou essa potência foi desconcertante. "Também se podia ver, ele fez com que parecesse tão sem esforço", comentou. "Se estivéssemos a ver, pensaríamos: porque é que toda a gente está a ceder? Mantém-te na roda dele, ele nem sequer está a atacar"!
De facto, o estrago causado por Pogacar não surgiu dos seus habituais ataques explosivos, mas sim de um ritmo sufocante, com potência de elite e uma frieza metódica.
Quanto a Geraint Thomas, o veterano da INEOS começou a Volta à Suíça com boa disposição e o objetivo de ganhar ritmo competitivo antes da sua última participação no Tour. Contudo, uma queda na terceira etapa, rumo a Heiden, forçou a sua desistência. Com dores nos joelhos e nos tendões, a equipa optou pela prudência e retirou-o antes do início da quarta etapa.
Apesar do revés, espera-se que Thomas recupere a tempo de alinhar na Grande Boucle. Este ano, deverá assumir um papel mais tático e de apoio, colocando a sua vasta experiência ao serviço da equipa, num Tour cada vez mais marcado pelo duelo entre Pogacar e Vingegaard. Ainda assim, quem não gostaria de ver G a vencer uma etapa na sua despedida do Tour?
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