Geraint Thomas é uma voz sempre activa no pelotão e enquanto se prepara para a
Volta a França, discutiu alguns dos temas mais animados relacionados com a
INEOS Grenadiers e a própria Volta;
"As coisas estão a correr bem aqui. Estamos aqui há cerca de dez dias e estamos a trabalhar para o Tour", disse Thomas num episódio do podcast Watts Occuring. Depois de terminar o Giro em terceiro lugar, o veterano ciclista descansou um bocado e concentrou-se no Tour, onde é esperado como domestique numa equipa com Carlos Rodríguez, Egan Bernal e quem sabe... Tom Pidcock.
"Infelizmente o Egan perdeu o pódio no último dia, mas fez um bom contrarrelógio", disse Thomas sobre o desempenho do seu colega de equipa na Volta à Suíça. "E o Tom [Pidcock], ficou em sexto. Foi bom ver isso. Começou bem e foi melhorando, esteve bem. Essa tendência para melhorar todos os dias é um bom sinal."
A INEOS esteve muito activa na Suíça, o que coincidiu com o desempenho da equipa no Critérium du Dauphiné, onde Rodríguez venceu a última etapa e terminou em quarto lugar na classificação geral, enquanto Laurens de Plus, num papel de apoio, também conseguiu um quinto lugar. Thomas elogiou um antigo colega de equipa pela vitória na Suíça: "O domínio na Suíça... Achei que foi óptimo ver o Yatesie (Adam Yates, ed.) ganhar. E o [João] Almeida foi uma verdadeira surpresa para mim."
Geraint Thomas, uma das vozes fortes do pelotão
Thomas falou de outro antigo colega de equipa, Mark Cavendish, que correu e completou a corrida suíça e que tem como objetivo uma vitória que mudará a história da Volta a França. "Ele não precisa de acabar o Tour. Só tem de ganhar uma vez. O final do Tour é ridicularmente difícil. Ele só precisa de confiança, porque senão não ia para a Suíça?"
Por último, a dupla discutiu as mudanças que a UCI está a implementar antes do Tour, incluindo o aumento da regra dos 3 quilómetros, que passará a ser de 5 quilómetros (os tempos nas etapas de sprint serão registados a 5 quilómetros da meta, em vez de 3, como forma de diminuir o stress no seio do pelotão por causa dos sprints). Haverá também restrições aos rádios e auriculares de corrida, bem como um sistema de cartões amarelos que poderá punir os ciclistas ( e não só) por comportamentos perigosos.
"A experiência com os rádios, por si só, vai eliminar muito stress", acredita Thomas. "As equipas que forem inteligentes, se investirem no percurso, se o prepararem e depois trabalharem com um forte espírito de equipa, certamente que beneficiarão com estas medidas. É muito diferente não é?" termina Thomas.